Iniciativa do Cinturão e Rota terá maior papel econômico na era pós-epidemia, diz relatório

Beijing, 18 jan (Xinhua) -- Espera-se que a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) desempenhe um papel mais importante para tirar países e regiões dos problemas econômicos provocados pela COVID-19, disse um relatório codivulgado pela China Chengxin International Credit Rating, maior agência de classificação da China, e seus parceiros internacionais RAEX-Europe e VIS.

A pandemia deve destacar ainda mais a importância estratégica da Iniciativa do Cinturão e Rota, uma vez que se tornará uma força motriz mais forte para o comércio e investimento, de acordo com o documento.

A China viu relações comerciais e de investimento mais estreitas com os países participantes da Iniciativa do Cinturão e Rota durante a pandemia de COVID-19. Dados oficiais mostraram que o comércio exterior da China com países da região da Iniciativa do Cinturão e Rota se expandiu em 2020, totalizando 9,37 trilhões de yuans (cerca de US$1,45 trilhão), um aumento anual de 1%.

O relatório estima que a China teria uma conectividade aumentada com os países da ASEAN e a União Europeia (UE), graças à assinatura da Parceria Econômica Abrangente Regional e à conclusão das negociações sobre um acordo de investimento China-UE.

A nova demanda gerada pela epidemia levou a cooperação China-ASEAN a gradualmente se voltar para a cadeia industrial de maior valor agregado, especialmente nos campos da economia digital, como comércio eletrônico, cidades inteligentes, big data e 5G, apontou o relatório, acrescentando que a expansão da cadeia industrial criará novas oportunidades de cooperação.

Esperam-se laços econômicos mais próximos entre a China e a UE assim que o acordo bilateral de investimento for assinado e implementado. Os setores automotivo, bancário e de seguros, junto com hospitais privados e biotecnologia, seriam as principais indústrias de onde viriam os investimentos da UE para a China, prevê o relatório.

A Ásia Central e o Sul da Ásia também podem se beneficiar de uma cooperação reforçada com a China na era pós-epidemia, cobrindo áreas como construção de infraestrutura, energia, agricultura e transporte, de acordo com o relatório.