Assuntos de Hong Kong devem ser resolvidos pelo povo chinês, diz membro do partido no poder de Moçambique

Por Wu Hao, correspondente da Xinhua

Beijing, 8 dez (Xinhua) -- Sérgio José Camunga Pantie, membro da Comissão Política da Frente da Libertação de Moçambique (Frelimo, o partido no poder), disse em Beijing em uma entrevista a correspondentes chineses que os assuntos de Hong Kong devem ser resolvidos pelo povo chinês.

Ele fez essa observação ao ser questionado sobre a opinião dele relativa à promulgação pelos Estados Unidos da chamada Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong 2019, que o Ministério das Relações Exteriores da China descreve como uma grave interferência nos assuntos de Hong Kong e uma grave violação ao direito internacional e às normas básicas que governam as relações internacionais.

Pantie afirmou que a posição de Moçambique é a mesma da China no que diz respeito ao princípio de "um país, dois sistemas" e que seu país é contra qualquer tentativa de interferência nos assuntos internos de outro país.

Ele deseja que a agitação em Hong Kong seja estabilizada em breve e acredita que o povo chinês vai encontrar as melhores soluções.

Quanto ao fato de alguns políticos dos EUA verem a China como uma ameaça ao domínio norte-americano e ao mundo, Pantie disse que "a China nunca apresentou nenhuma ameaça para o mundo. Pelo contrário, é um país pacífico e voltado para a cooperação".

"Devemos deixar a China e seu povo e governo traçarem o caminho do desenvolvimento", acrescentou ele.

Saudando as relações China-Moçambique, Pantie disse que a amizade e a cooperação entre os dois países são históricas e que Moçambique se beneficia da cooperação com a China e espera aprofundá-la ainda mais.

Sergio Pantie está de visita à China a convite do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC).