Procura de raios cósmicos por cientistas chineses abre janelas para o universo
Beijing, 23 out (Xinhua) -- No descampado de Daocheng, Província de Sichuan, sudoeste da China, a 4.400 metros acima do nível do mar, cientistas chineses estão construindo uma estação de observação de raios cósmicos em uma área equivalente a 200 campos de futebol.
Rochas enormes deixadas da Era do Gelo foram detonadas. Diferentes detectores estão sendo instalados para formar uma enorme "rede" para capturar as partículas geradas pelos raios cósmicos na atmosfera, para ajudar os cientistas a estudarem os mundos micro e macro do universo.
Três enormes piscinas subterrâneas, mais do que o triplo do tamanho do Cubo D'Água (Centro Aquático Nacional) em Beijing, manterão detectores para coletar fótons de alta energia gerados por corpos celestes remotos. Ao lado das piscinas, 12 telescópios serão montados para realizar medições de alta precisão dos raios cósmicos com a mais alta energia.
A construção da primeira metade da estação de observação, conhecida como Grande Observatório de Jato de Ar de Alta Altitude (LHAASO, em inglês), deve ser terminada no final deste ano e todo o projeto será concluído no final de 2020, revela Cao Zhen, cientista chefe do LHAASO e pesquisador do Instituto de Física de Alta Energia (IHEP, em inglês) da Academia Chinesa de Ciências.
O principal objetivo do observatório é procurar a origem dos raios cósmicos e estudar seus mecanismos de aceleração e transmissão, aponta Cao.
Na segunda enorme piscina do LHAASO, a 5 metros abaixo do solo, foram instalados detectores de água Cherenkov que serão submersos em 100 mil toneladas da água mais pura do mundo para formar uma matriz.
"A água vem de lagos e rios próximos e passou por uma purificação rigorosa. Somente água pura e transparente pode fazer com que os detectores captem claramente os sinais gerados por partículas de alta energia", destaca Chen Mingjun, vice-diretor do conjunto de detectores Cherenkov.
Cao Zhen exalta que o projeto LHAASO chama a atenção do mundo. Cientistas da Rússia, Suíça, Polônia, República Tcheca e outros países esperam levar seus equipamentos científicos para o observatório.
Equipes de pesquisa da Austrália e Tailândia e de outros países participarão diretamente do projeto. Alguns times internacionais de pesquisa bem conhecidos expressaram o desejo de realizar cooperação e observação conjunta com o LHAASO, ressalta Cao.
"Depois de concluir o projeto LHAASO, a China deverá liderar o mundo no campo da pesquisa com raios cósmicos", prevê Cao.
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