Indústria solar da China se tornará não subsidiada até 2021, dizem especialistas

Beijing, 23 mai (Xinhua) -- Especialistas acreditam que a indústria solar chinesa se tornará não subsidiada em poucos anos, pois o país tenta revitalizar seu setor fotovoltaico depois que o governo anunciou no ano passado um plano para reduzir o sistema de subsídio central, noticiou o jornal China Daily nesta quinta-feira.

A indústria solar da China tende a fazer uma transição para um mercado livre de subsídios em 2021, de acordo com o jornal, citando uma análise publicada pela Asia Europe Clean Energy (Solar) Advisory.

O governo do país lançou uma série de políticas este ano, buscando eliminar os obstáculos que impedem a escalada de projetos fotovoltaicos não subvencionados no maior mercado de energia solar do mundo, informou o jornal.

Em abril, a Administração Nacional de Energia anunciou planos para impulsionar o desenvolvimento de novos projetos solares não subsidiados por meio de assistência política, na esperança de que projetos sejam desenvolvidos sem subsídios governamentais e orientem o mercado em uma nova direção para as energias renováveis de zero subsídio.

Segundo a Administração, os projetos-piloto livres de subsídios comissionados até 2020 podem ter contratos de compra de energia de 20 anos com preços fixos e prioridade máxima na venda de energia, garantidos pelas companhias elétricas.

No primeiro trimestre de 2019, a geração de energia solar da China registrou um crescimento anual maior, de 12,9%, enquanto a geração de energia do país cresce 4,2%, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas.

As empresas chinesas de energia fotovoltaica estão buscando mais oportunidades no exterior nos últimos anos, especialmente em países e regiões participantes da Iniciativa do Cinturão e Rota, disse Lin Boqiang, diretor do Centro de Pesquisa Econômica de Energia da China da Universidade de Xiamen.