Hong Kong continuará a se beneficiar do sucesso de "um país, dois sistemas", diz consulado geral dos EUA

Hong Kong, 22 jun (Xinhua) -- O enquadramento de "um país, dois sistemas" implementado na Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) nos últimos 20 anos está "indo razoavelmente bem" e beneficiando Hong Kong, disse o cônsul geral dos EUA para a RAE de Hong Kong e Macau Kurt Tong em uma recente entrevista na mídia.

"A forma única de governança que é exercida na Região Administrativa Especial de Hong Kong tem sido amplamente bem-sucedida. A China, os Estados Unidos e outras nações – principalmente o povo de Hong Kong - continuam a se beneficiar da política de um país, dois sistemas", disse Tong na entrevista antes do 20º aniversário do retorno de Hong Kong para a China.

A "estrutura de um país, dois sistemas" permite que Hong Kong seja especial e diferente, enquanto ainda faz parte da China", disse Tong, acrescentando que o povo de Hong Kong é "próspero" devido à "especialidade" de Hong Kong.

Hong Kong ficou em primeiro lugar novamente neste ano no índice de competitividade mundial do Instituto Internacional de Gestão e Desenvolvimento. Tong atribuiu a competitividade de Hong Kong, incluindo o seu estatuto de centro financeiro global e o seu papel como principal fornecedor regional de serviços profissionais, como contabilidade, negócio, consultoria e serviços jurídicos, para "o alto grau de autonomia" que goza sob o modelo de "um país, dois sistemas".

Tong disse que viu bons motivos para o apelo de Hong Kong aos investidores e comerciantes. "Hong Kong tem um estado de direito, mercados financeiros estáveis e transparentes, uma moeda estável e totalmente conversível, e superávits fiscais estáveis e grandes", disse ele, acrescentando que Hong Kong também é conhecida pelo seu excelente padrão de vida, excelente cultura, incrível culinária e a maior expectativa de vida do mundo.

Para a China, Hong Kong tem desempenhado o papel de "ponte econômica vital entre a China e o resto da economia global" e "contribuindo poderosamente" para os esforços da China para melhorar sua economia. Para a região da Ásia-Pacífico, Hong Kong continua a servir como um "nexo crucial para a atividade comercial regional", disse Tong, acrescentando que, para os Estados Unidos, Hong Kong é um "local útil para as empresas dos EUA fundarem suas operações regionais" além de ser um "posto avançado" para que as empresas dos EUA acessem o mercado chinês.

"Quando alguém anda pela rua do nosso consulado, pode-se pensar que na verdade é Wall Street. Na verdade, todas as grandes empresas financeiras dos EUA estão proeminentemente representadas nos altos níveis do Distrito Central de Hong Kong".

Sobre a cooperação futura entre os Estados Unidos e Hong Kong da China, Tong apontou que, no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota, as demandas de desenvolvimento de infraestrutura nas economias emergentes são "evidentes".

"Sabemos que Hong Kong quer ser uma plataforma líder em financiamento no Cinturão e Rota (...) e as empresas norte-americanas podem agregar valor real em engenharia e financiamento. Vemos oportunidades reais de parceria aqui".

O compromisso de Hong Kong com o Estado de Direito, a transparência, a abertura e o alto grau de autonomia no modelo "um país, dois sistemas" são os principais impulsionadores da sua reputação bem merecida como centro líder de finanças e comércio globais, disse ele.

Além de ser um centro financeiro e comercial global, Hong Kong também é considerado por Tong como "um ótimo lugar para chamar de lar".