
Funcionário opera robô para coleta de dados em uma simulação de café em um centro de inovação de robôs humanoides na Zona de Desenvolvimento de Alta Tecnologia do Lago Leste de Wuhan, também conhecida como o vale da óptica da China, em Wuhan, província de Hubei, no centro da China, em 4 de dezembro de 2025. (Xinhua/Xiao Yijiu)
A pesquisa European Tech Insights 2025 constatou que 29% dos europeus agora preferem que a Europa fique do lado da China, um aumento em relação aos 14% em 2023.
Madri, 18 dez (Xinhua) -- O apoio público a laços mais estreitos entre a Europa e a China aumentou acentuadamente, enquanto crescem os apelos por uma postura europeia mais firme em relação aos Estados Unidos e às grandes empresas de tecnologia americanas, de acordo com um relatório recente.
A pesquisa European Tech Insights 2025, conduzida pelo Centro de Governança da Mudança da Universidade IE na Espanha, revelou que 29% dos europeus agora preferem que a Europa se alinhe com a China, um aumento em relação aos 14% registrados em 2023. Ao mesmo tempo, uma parcela significativa dos entrevistados acredita que a Europa deveria adotar uma posição mais firme em relação aos Estados Unidos, especialmente na defesa de seus interesses estratégicos e tecnológicos.
O relatório, publicado na terça-feira, mostrou forte apoio a laços mais estreitos com a China no sul da Europa.
Na Espanha, 52,8% dos entrevistados disseram que a Europa deveria se aliar à China, a maior porcentagem entre os dez países pesquisados. A Itália veio em seguida, com 35%, e a França, com 31,3%. O apoio nesses países também aumentou significativamente em comparação com 2023.

Foto tirada em 19 de outubro de 2021 mostra a Torre IE (direita) em Madri, Espanha. A Torre IE, um novo prédio de ensino da Universidade IE, foi inaugurada em Madri na terça-feira. Com 180 metros de altura, o edifício tem 35 andares e 50.000 metros quadrados de área, o que o torna o terceiro edifício de ensino mais alto do mundo. (Xinhua/Meng Dingbo)
No entanto, o relatório sugere que essa mudança não sinaliza uma simples guinada geopolítica. A maioria dos entrevistados acredita que o continente deve evitar confrontos e, em vez disso, buscar uma posição mais equilibrada ou autônoma em suas relações exteriores.
Dados por país mostram que, embora a preferência por laços mais estreitos com os Estados Unidos continue dominante em grande parte do norte e leste da Europa, o apoio diminuiu consideravelmente. Na Alemanha, 72% dos entrevistados se mostraram favoráveis a relações mais estreitas com os Estados Unidos, uma queda em relação aos 84% registrados em 2023. Na Polônia e no Reino Unido, o apoio caiu para 79,8% e 78,9%, respectivamente.
A divisão geracional é especialmente marcante: quase 40% dos europeus entre 18 e 24 anos disseram que prefeririam que a Europa se aliasse à China, em comparação com 22,6% entre os maiores de 65 anos.

Passageiros posam para fotos enquanto aguardam procedimentos de imigração no Aeroporto Internacional de Haikou Meilan, em Haikou, província de Hainan, sul da China, em 18 de dezembro de 2025. A China lançou na quinta-feira operações alfandegárias especiais em toda a ilha no Porto de Livre Comércio de Hainan (FTP, na sigla em inglês). (Foto por Sun Haorong/Xinhua)
O relatório também identifica limites claros no apoio público à redução da dependência econômica da China. Em toda a Europa, apenas 39,9% dos entrevistados disseram que aceitariam preços mais altos para produtos de tecnologia, como smartphones, computadores e veículos elétricos, para reduzir a dependência da China. Em comparação, 60,1% se opõem a essa medida.
A pesquisa entrevistou mais de 3.000 adultos em dez países europeus, Estônia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polônia, Romênia, Espanha, Suécia e Reino Unido, com amostras representativas por idade, sexo, região e nível de escolaridade. (1 euro = 1,09 dólar americano)

