Beijing, 19 dez (Xinhua) -- A China se opõe veementemente às recentes investigações intensivas da Comissão Europeia sobre várias empresas chinesas sob o Regulamento relativo às Subvenções Estrangeiras (RSE), disse He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio, numa coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
Isso inclui investigações aprofundadas sobre a CRRC Corporation e a Nuctech, além de uma operação policial a uma plataforma digital chinesa. Ele observou que tais ações são flagrantes, demonstrando uma clara intenção discriminatória e direcionada.
A China pede à União Europeia (UE) que cesse imediatamente sua supressão irrazoável às empresas com investimento estrangeiro, incluindo as da China, aja com prudência no uso de ferramentas do RSE e mantenha um ambiente de negócios justo, equitativo e previsível, ressaltou He.
Segundo ele, a China está acompanhando de perto a situação e utilizará medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas.
As investigações do RSE afetaram gravemente o investimento e a operação das empresas chinesas na Europa, destacou He, acrescentando que, em janeiro, o ministério concluiu, após uma apuração, que as investigações do RSE constituíram barreiras ao comércio e ao investimento.
O ministério apontou que as investigações da UE envolveram provas insuficientes para abrir um caso, aplicação da lei excessiva, reversão do ônus da prova e falta de transparência processual.
Recentemente, essas questões foram não só pendentes, mas também intensificadas. Em particular, a definição de "subvenções estrangeiras" é excessivamente ampla e ambígua, ultrapassando muito o escopo razoável das regras internacionais e práticas comuns, afirmou o porta-voz.
Isso não só afetou severamente as operações normais das empresas chinesas na Europa, como também introduziu incerteza na cooperação econômica e comercial bilateral entre a China e a UE, acrescentou.

