
Beijing, 18 dez (Xinhua) -- As forças de direita japonesas são autoras habituais de narrativas falsas, afirmou nesta quarta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun.
Guo fez as declarações em uma coletiva de imprensa regular quando questionado sobre a afirmação de alguns japoneses de que o Japão é um país "amante da paz" e que as acusações da China são "inconsistentes com os fatos".
"O que o lado japonês disse e fez é mais um exemplo de como alguns no Japão distorcem conscientemente os fatos, se recusam a corrigir seus erros e tentam fingir inocência para obter simpatia da comunidade internacional", disse Guo. "Não é a primeira vez que as forças de direita no Japão inventam narrativas falsas."
As forças de direita retrataram a guerra de agressão do Japão contra os vizinhos asiáticos como "a libertação da Ásia", minimizaram o horrível Massacre de Nanjing como "o incidente de Nanjing", encobriram a infame Unidade 731 como uma "unidade de pesquisa em saúde pública" e descartaram o trabalho forçado e as "mulheres de conforto" como "atos voluntários", disse Guo.
Após a guerra, o Japão descreveu-se como uma "vítima" da guerra, evitando mencionar que o militarismo é a fonte da guerra, disse Guo.
O Japão afirma defender o princípio exclusivamente orientado para a defesa e a estratégia de defesa passiva, mas flexibilizou as restrições ao exercício do direito à autodefesa coletiva, continuou a relaxar as restrições à exportação de armas e até tentou revisar seus três princípios não nucleares, disse ele.
Ele observou que as declarações errôneas da primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi sobre Taiwan foram recebidas com indignação pelo povo chinês, bem como com oposição e críticas do Japão e de alguns outros países.
O que o lado japonês deve fazer é ouvir esses apelos e fazer uma reflexão profunda, em vez de tentar em vão persuadir outros países a acreditar em suas explicações infundadas, disse Guo.
"Exigimos que alguns no Japão parem de espalhar narrativas falsas, encarem a história, reflitam e corrijam seus erros, retratem as declarações errôneas, honrem seus compromissos e ajam com responsabilidade para oferecer à China e à comunidade internacional uma resposta satisfatória", disse o porta-voz.

