Frankfurt, 16 dez (Xinhua) -- Espera-se que o mercado global de carros de passeio atinja um novo recorde em 2025, e seu futuro dependerá cada vez mais da cooperação com a China, informou um relatório de pesquisa automotiva da Alemanha divulgado nesta segunda-feira.

   De acordo com a previsão do Centro de Pesquisa Automotiva (CAR, em inglês), as vendas globais de carros de passeio devem atingir 81,3 milhões de unidades em 2025, o maior nível em oito anos. A China continua desempenhando um papel fundamental tanto na produção quanto na demanda.

   O diretor do CAR, Ferdinand Dudenhoeffer, observou que o vasto mercado chinês e sua cadeia de suprimentos integrada estão proporcionando crescentes economias de escala, enquanto os avanços em baterias, veículos de nova energia e direção autônoma estão remodelando a indústria automotiva global. "Aqueles que não estão na China não estão no ramo automotivo", disse ele, citado no relatório.

   Entre os 15 maiores mercados automotivos do mundo, as vendas de carros de passeio na China, nos Estados Unidos, na Índia e na Turquia devem aumentar mais de 4% em 2025. Em contraste, espera-se que os principais mercados europeus tenham desempenho inferior, com as vendas na Alemanha subindo apenas 0,7%, enquanto França e Itália devem apresentar quedas de 4,8% e 2,6%, respectivamente.

   Olhando para 2026, o CAR espera que as vendas globais aumentem 2,6% para 83,4 milhões de unidades no mundo todo. A Ásia deve superar esse crescimento, com um aumento de 3,8%, impulsionado principalmente pelo aumento da participação chinesa na produção e nas vendas.

   "A Ásia é o continente dominante na indústria automotiva, com a China mantendo uma liderança inabalável", disse Dudenhoeffer.

   Em 2025, mais de 60% da produção global de carros de passeio ocorreu na Ásia, em comparação com cerca de 15% na Europa, segundo o relatório. Espera-se que a Alemanha e outros produtores europeus percam ainda mais terreno em 2026, à medida que são prejudicados pela intensificação da concorrência global e pelo impacto das políticas tarifárias dos EUA.