Destaque: Recordando o Massacre de Nanjing -- Bielorrussos e chineses se unem em luto e esperança na estreia do filme-Xinhua

Destaque: Recordando o Massacre de Nanjing -- Bielorrussos e chineses se unem em luto e esperança na estreia do filme

2025-12-16 10:30:39丨portuguese.xinhuanet.com

Pessoas observam cartaz do filme histórico chinês "Dead To Rights" em Minsk, Bielorrússia, em 12 de dezembro de 2025. (Foto por Henadz Zhinkov/Xinhua)

Minsk, 14 dez (Xinhua) -- A estreia bielorrussa do filme histórico chinês "Dead To Rights", que retrata os eventos horríveis do Massacre de Nanjing de 1937, virou um momento profundo de reflexão histórica compartilhada e solidariedade.

Realizada no Cinema Pioneer em Minsk, na véspera do Dia Nacional em Memória às Vítimas do Massacre de Nanjing, a exibição atraiu um público diversificado de mais de 200 pessoas, incluindo estudantes, funcionários do governo e trabalhadores, que se reuniram em solene homenagem a esse capítulo sombrio da história da humanidade.

Baseado em relatos históricos, o filme retrata de forma vívida as atrocidades sistemáticas cometidas pelas forças militaristas japonesas durante o massacre de seis semanas, no qual estima-se que 300.000 civis chineses e soldados desarmados foram mortos.

Do começo ao fim, a narrativa cinematográfica prendeu a atenção do público. O peso emocional era palpável durante toda a exibição, com os espectadores reagindo com angústia, sofrimento e muita empatia. Muitos até choraram durante as sequências particularmente brutais que retratavam o sofrimento de mulheres e crianças.

Para muitos espectadores bielorrussos, a tragédia de Nanjing ressoou profundamente com seu próprio trauma nacional. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Bielorrússia perdeu aproximadamente um terço de sua população. A diretora teatral bielorrussa Vera Tkachenko, visivelmente abalada após a exibição, disse que o filme revela a brutal verdade sobre o Massacre de Nanjing, que precisa ser conhecida e lembrada.

"A violência sistemática contra civis, a destruição do patrimônio cultural e o imenso sofrimento humano jamais devem ser esquecidos", declarou ela.

Tkachenko também compartilhou uma conexão pessoal com as perdas da guerra, observando que seu bisavô nunca retornou da Batalha de Stalingrado. "Assim como a China se lembra de Nanjing, a Bielorrússia se lembra de Khatyn e das outras aldeias destruídas durante a guerra", disse ela, acrescentando que os bielorrussos compartilham a dor do povo chinês por esse conflito devastador.

Vamid Borovik, vereador da cidade de Minsk, que já visitou o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses, disse que a autenticidade histórica do filme o impactou muito.

"Ver a representação brutal da violência dos fascistas japoneses contra civis fez meu coração doer", declarou ele. "As experiências mostradas na tela, as execuções em massa, a tortura de prisioneiros e a destruição de casas, ressoam com nossa própria história de ocupação e sofrimento. Bielorrússia e China compartilham uma memória histórica comum de aguentar horrores inimagináveis, mas emergir com uma determinação fortalecida para preservar a paz".

A exibição destacou um compromisso compartilhado em proteger a verdade histórica contra distorções e negações. Ivan Gancheryonok, vice-presidente da Sociedade Bielorrussa de Amizade e Relações Culturais com Países Estrangeiros, expressou particular indignação com as tentativas contínuas de reescrever a história do massacre.

"A representação, no filme, de criminosos de guerra japoneses tentando negar suas atrocidades no tribunal espelha os esforços contemporâneos para encobrir essa história", disse ele. "Alguns políticos japoneses ainda se recusam a reconhecer a extensão total desses crimes de guerra. Por meio de intercâmbios culturais e filmes como este, garantimos que a verdade prevaleça".

A estreia foi concluída com uma comovente apresentação em vídeo que contrastava as ruínas de Nanjing em 1937 com a cidade moderna e próspera de hoje, uma forte prova visual de resiliência, recuperação e renovação nascidas de uma grande tragédia. Em seu discurso, o embaixador chinês na Bielorrússia, Zhang Wenchuan, enfatizou a importância duradoura de se lembrar a história. Ele reafirmou o compromisso da China em trabalhar com a comunidade internacional, incluindo a Bielorrússia, como guardiões da verdade histórica e defensores da paz mundial.

Ele espera que as próximas gerações "sempre possam aproveitar a paz, conquistada por meio da lembrança das lições da história e da homenagem às vítimas das atrocidades do passado".

O embaixador chinês na Bielorrússia, Zhang Wenchuan, discursa na estreia do filme histórico chinês "Dead To Rights" em Minsk, Bielorrússia, em 12 de dezembro de 2025. (Foto por Henadz Zhinkov/Xinhua)

Pessoas comparecem à estreia do filme histórico chinês "Dead To Rights" em Minsk, Bielorrússia, em 12 de dezembro de 2025. (Foto por Henadz Zhinkov/Xinhua)

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