Beijing, 16 dez (Xinhua) -- Um porta-voz militar chinês denunciou nesta segunda-feira o lado japonês por exagerar o treinamento militar regular da China como uma chamada ameaça à segurança, dizendo que evitar a questão real, desviar a atenção ou recriminar nunca trará resultados para o Japão.
Jiang Bin, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, fez essas declarações em resposta a um comentário do lado japonês sobre um treinamento recente de voo de aeronaves chinesas baseadas no porta-aviões.
Explicando o incidente, Jiang disse que em 6 de dezembro, o PLANS Nangchang (101) do grupo-tarefa naval liderado pelo PLANS Liaoning notificou o lado japonês que o grupo realizaria treinamento de voo baseado em porta-aviões, com o navio japonês JS Teruzuki (116) confirmando a recepção da mensagem.
Mais tarde, o PLANS Nangchang (101) notificou novamente o lado japonês que o treinamento deveria começar às 15h e durar cerca de seis horas, principalmente ao sul do porta-aviões, com JS Teruzuki (116) confirmando novamente a recepção da mensagem, disse ele.
Nesse contexto, caças japoneses ainda invadiram a zona de treinamento várias vezes para assediar o lado chinês, disse o porta-voz, enfatizando que o lado japonês deve assumir toda a responsabilidade por colocar em risco a segurança dos voos.
Ao fazer isso, o lado japonês mais uma vez mentiu para seu próprio povo e enganou a comunidade internacional ao exagerar um treinamento militar regular do lado chinês como uma chamada ameaça à segurança e retratando-se assim, o verdadeiro provocador, como uma vítima, disse ele.
Jiang exortou o lado japonês a encarar diretamente o cerne da atual dificuldade nas relações China-Japão, refletindo seriamente sobre o mesmo e corrigindo seus erros.
"Esses movimentos desprezíveis e manipulação política para evitar a verdadeira questão, desviar atenção ou recriminar nunca vão funcionar", acrescentou.
Jiang também respondeu a outra consulta da mídia sobre atividades memoriais realizadas em toda a China no 12º Dia Nacional da Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing.
Descrevendo a invasão japonesa e o massacre em Nanjing em 13 de dezembro de 1937 como "crimes hediondos", Jiang instou o lado japonês a refletir profundamente sobre as atrocidades cometidas contra povos de países asiáticos, incluindo a China, e a parar com todas as ações erradas que distorcem e branqueam seu histórico de agressão.

