Todos os países têm responsabilidade de pressionar o Japão a eliminar remanescentes do militarismo, diz porta-voz chinês-Xinhua

Todos os países têm responsabilidade de pressionar o Japão a eliminar remanescentes do militarismo, diz porta-voz chinês

2025-12-16 11:12:15丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 15 dez (Xinhua) -- Todos os países têm a responsabilidade e a obrigação de pressionar o Japão a erradicar completamente os remanescentes do militarismo, disse nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, pedindo esforços conjuntos para salvaguardar os resultados da vitória na Segunda Guerra Mundial e a ordem internacional pós-guerra.

Guo fez as declarações após a China ter recebido um lote de provas fornecidas pela Rússia relacionadas à infame Unidade 731, uma unidade japonesa de guerra biológica que atuou durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 13 de dezembro, a Administração Nacional de Arquivos da China publicou um lote de arquivos desclassificados fornecidos pela Rússia sobre os interrogatórios soviéticos da Unidade 731 japonesa em Khabarovsk. Os arquivos, contendo registros de interrogatórios de membros da Unidade 731 e relatórios de investigação sobre os crimes da unidade, mais uma vez revelam a notória guerra biológica do Japão durante sua agressão contra a China.

As cópias dos arquivos mostram mais uma vez que a Unidade 731 cometeu crimes monstruosos contra a humanidade, que são respaldados por evidências irrefutáveis e não podem ser negados, disse Guo em uma coletiva de imprensa regular.

De acordo com os arquivos, durante a agressão, os militares japoneses realizaram vários experimentos em seres humanos vivos, incluindo experimentos com germes, queimaduras pelo frio, líquidos corrosivos e gases erosivos, destacou Guo. Ele acrescentou que entre as vítimas não havia apenas chineses, mas também pessoas da União Soviética e da Península Coreana.

Os registros de interrogatórios divulgados pela primeira vez mostram que a confissão de Kiyoshi Kawashima, ex-chefe do departamento de produção bacteriana da Unidade 731, e de outros criminosos de guerra japoneses detalhou o uso em grande escala de armas biológicas pelo exército japonês na China em 1940, 1941 e 1942, e os registros provam que a aplicação das experiências na guerra visava a destruição em grande escala de seres humanos, disse Guo.

Ele observou ainda que os registros do julgamento em Khabarovsk, que corroboram e acrescentam mais provas aos arquivos mantidos pela China, juntamente com o local da Unidade 731 na China, demonstram claramente como a unidade cometeu crimes na China e provam que a guerra biológica foi um crime de Estado premeditado, organizado, verticalizado e sistemático.

Além da China, as forças armadas japonesas estabeleceram a Unidade Oka 9420 em Cingapura em 1942, realizaram experiências ilegais em seres humanos e travaram uma guerra biológica nos países do Sudeste Asiático, disse Guo. "Suas atrocidades serão condenadas à infâmia perpétua", acrescentou.

É alarmante que, apesar desses fatos inegáveis, as forças de direita no Japão continuem a negar veementemente, minimizar ou até mesmo encobrir atos de agressão e crimes contra a humanidade, observou Guo, acrescentando que a amnésia da história significa traição, e a negação da responsabilidade significa a repetição dos crimes.

"Todos os países têm a responsabilidade e a obrigação de pressionar o Japão a eliminar completamente os remanescentes do militarismo, para que tragédias como essas nunca se repitam. Juntos, devemos salvaguardar os resultados da vitória na Segunda Guerra Mundial e a ordem internacional pós-guerra, e defender conjuntamente a paz e a estabilidade duramente conquistadas no mundo", afirmou o porta-voz. 

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