Beijing, 8 dez (Xinhua) -- À medida que o ano de 2025 se aproxima do fim, um número crescente de organizações internacionais e instituições financeiras vem elevando sucessivamente suas previsões sobre a economia da China.
Embora reconheçam incertezas externas, como tensões geopolíticas e atritos comerciais, essas instituições acreditam, em geral, que os fundamentos econômicos sólidos da China, suas ferramentas de política suficientes e a atualização estrutural sustentarão o impulso de crescimento do país.
A gigante financeira Goldman Sachs divulgou um relatório de pesquisa no final de novembro, no qual elevou sua previsão para o crescimento real do PIB da China em 2025 de 4,9% para 5%, com aumentos ainda maiores previstos para os dois anos seguintes.
Espera-se que o crescimento real das exportações da China aumente de 5% a 6% ao ano nos próximos anos, acima da previsão anterior de apenas 2% a 3%, à medida que os produtos chineses ganham participação no mercado global, escreveram os pesquisadores da Goldman Sachs em seu relatório.
Em uma sessão plenária-chave do Partido realizada em outubro, a liderança do Partido Comunista da China adotou suas recomendações para a formulação do 15º Plano Quinquenal (2026-2030). "O documento pede atualizações para indústrias tradicionais como metais, produtos químicos e têxteis, e crescimento em indústrias emergentes como novas energias", disse o relatório, acrescentando que esses objetivos receberão apoio amplo de todos os níveis de governo, desde logística até financiamento, ajudando o crescimento das exportações.
Ao manter estável em 3,2% sua previsão de crescimento econômico global, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também revisou, na terça-feira, a previsão do PIB da China para 2025 de 4,9% para 5%. Esse ajuste destaca o reconhecimento, pela OCDE, da China como um estabilizador-chave para o crescimento global.
A OCDE observou que a política fiscal da China tem sido expansionista, com a introdução de uma série de medidas para apoiar a renda e impulsionar o consumo, além do programa de troca de carros e eletrodomésticos.
Várias instituições estrangeiras também manifestaram confiança no conjunto de instrumentos de política da China. Xiong Yi, economista-chefe para a China no Deutsche Bank, acredita que o reforço da política fiscal do país, incluindo um novo instrumento financeiro baseado em políticas, no valor de 500 bilhões de yuans (cerca de US$ 70,67 bilhões), provavelmente fornecerá forte apoio para a demanda interna tanto no quarto trimestre quanto no início de 2026.
Em seu relatório de pesquisa mais recente, o Morgan Stanley enfatizou que a economia chinesa crescerá moderadamente em 2026, apoiada pelo afrouxamento direcionado de políticas, pelo reequilíbrio econômico gradual e por uma campanha contra a involução.
No cenário doméstico, importantes instituições financeiras também ecoam essa perspectiva otimista. Zhao Gege, analista macroeconômica-chefe da Everbright Securities, destacou as vantagens únicas da China. "A sinergia entre o mercado de supergrande escala e um sistema industrial robusto oferece amplo espaço para o crescimento, com uma caixa de ferramentas de política macroeconômica bem abastecida."
Zhang Wenlang, economista-chefe de macroeconomia da China International Capital Corporation, observou que a estrutura do comércio exterior da China está melhorando, com o progresso tecnológico reduzindo custos comerciais e estabilizando as margens de lucro das empresas exportadoras.
Zhou Junzhi, analista macroeconômico-chefe da China Securities Co., Ltd., afirmou que novos segmentos de consumo estão surgindo como novos motores de crescimento, com brinquedos de tendência IP e marcas domésticas ganhando maior reconhecimento de mercado e acelerando sua expansão global.
Além disso, muitos gigantes globais demonstraram seu otimismo quanto às perspectivas de desenvolvimento econômico da China e sua disposição de manter cooperação de longo prazo com o país.
Em setembro, a Danfoss inaugurou uma grande base de produção no distrito de Haiyan, na Província de Zhejiang, no leste da China. Em outubro, a Medtronic abriu seu primeiro centro de inovação em saúde digital em Beijing, enquanto em novembro a AP Moller-Maersk inaugurou seu centro logístico principal no leste da China, em Shanghai, com um investimento superior a 1 bilhão de yuans.
Vale destacar que a edição deste ano da feira de importação em Shanghai registrou US$ 83,49 bilhões em acordos pretendidos para um ano, um aumento de 4,4% em relação à edição anterior e um novo recorde. Enquanto isso, a 138ª Feira de Cantão, realizada em Guangzhou, no sul da China, registrou mais de 310 mil compradores estrangeiros e transações presenciais pretendidas no valor total de US$ 25,65 bilhões.
Operação estável, avanços sólidos no desenvolvimento de alta qualidade e forças inerentes de forte resiliência e grande potencial -- nenhum desses fundamentos mudou, disse um porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas, citando o desempenho geral da economia chinesa.

