Taipei, 29 nov (Xinhua) -- Vários grupos civis e partidos políticos realizaram um protesto em Taipei contra o anúncio do líder de Taiwan, Lai Ching-te, de um aumento de US$ 40 bilhões nos gastos com defesa para a compra de armas dos EUA.
Os manifestantes pediram a suspensão imediata das compras militares imprudentes pelas autoridades do Partido Progressista Democrata (PPD) às custas do sustento da população e instaram à restauração do diálogo pacífico entre os dois lados do Estreito de Taiwan.
Wu Jung-yuan, presidente do Partido Trabalhista de Taiwan, disse que as autoridades do PPD estão promovendo uma agenda separatista e gastos militares exorbitantes às custas do bem-estar da população.
"O povo de Taiwan está em um momento crítico de despertar e auto-resgate. Devemos salvaguardar os meios de subsistência e a paz", disse ele.
O que o povo de Taiwan quer é uma relação pacífica e segura através do Estreito, disse Huang Te-pei, secretário-geral do Partido de Esquerda de Taiwan, instando a esforços para se opor firmemente ao aumento do orçamento de defesa para a compra de armas americanas.
O vice-secretário-geral do Partido Trabalhista, Hsu Meng-hsiang, disse que Lai estava tentando fazer lavagem cerebral no público, retratando a parte continental como uma suposta "força hostil externa", a fim de alegar que a compra de armas dos EUA é necessária para resistir à suposta "agressão" da parte continental.
Tal afirmação de Lai é um completo disparate, disse Hsu.
Os manifestantes também divulgaram uma declaração, observando que o povo de Taiwan há muito tempo sofre com baixos salários, altos custos de moradia e inadequados cuidados para idosos e serviços médicos, e que eles não devem se tornar moeda de troca para as autoridades do PPD e os comerciantes de armas dos EUA.
"O povo de Taiwan não tem obrigação de arcar com essas consequências e nunca concordou em assumir riscos ao lado das autoridades do PPD e de potências externas", afirmou a declaração.

