Beijing, 24 nov (Xinhua) -- A China está exigindo que o Japão esclareça sua autoproclamada posição consistente sobre a questão de Taiwan, disse na segunda-feira a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, enfatizando que, se o Japão apenas continuar repetindo que sua posição não mudou sem especificar qual é essa posição e, ao mesmo tempo, seguir ultrapassando os limites, então esse tipo de repetição não significa nada além de palavras vazias e simplesmente obscurece e esvazia a posição de Uma Só China.
As observações de Mao vieram depois que o lado japonês afirmou que o Japão explicou repetidas vezes à parte chinesa a essência das declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, e a posição consistente do Japão sobre a questão de Taiwan.
A China já articulou sua posição várias vezes sobre as declarações equivocadas de Takaichi sobre Taiwan, disse Mao em uma entrevista coletiva regular, acrescentando que tais declarações violam gravemente os princípios estabelecidos nos quatro documentos políticos entre a China e o Japão e minaram fundamentalmente a base política das relações China-Japão.
"Notamos a referência do lado japonês à 'posição consistente' do Japão sobre a questão de Taiwan. Mas o que exatamente eles querem dizer com essa chamada 'posição consistente'? O Japão consegue articular essa 'posição consistente' por completo ao público? Se o Japão apenas continuar repetindo que sua posição não mudou sem especificar qual é essa posição e, ao mesmo tempo, seguir ultrapassando os limites, então esse tipo de repetição não significa nada além de palavras vazias e simplesmente obscurece e esvazia a posição de Uma Só China", disse Mao.
Observando que o princípio de Uma Só China é um consenso predominante e inabalável na comunidade internacional, Mao afirmou que, se realmente não houve mudança na posição do governo japonês sobre a questão de Taiwan, o Japão deve defender de forma inequívoca o princípio de Uma Só China e cumprir o espírito dos quatro documentos políticos entre os dois países, além de honrar os compromissos assumidos pelo Japão, incluindo o que foi declarado na Declaração Conjunta China-Japão de 1972 de que "o Governo do Japão reconhece o Governo da República Popular da China como o único governo legal da China" e que "o Governo da República Popular da China reitera que Taiwan é parte inalienável do território da República Popular da China. O Governo do Japão compreende e respeita plenamente essa posição do Governo da República Popular da China e mantém firmemente sua posição nos termos do Artigo 8 da Proclamação de Potsdam." "Por que o Japão não consegue reiterar essa posição de forma plena e precisa?", perguntou Mao.
A China insta o Japão a levar a sério o que ouviu da parte chinesa, a fazer uma profunda autorreflexão e corrigir seus erros, a agir para honrar seu compromisso com a China e a parar de seguir um caminho equivocado e muito menos dizer uma coisa e fazer outra, disse a porta-voz.
