Moradores locais visitam o Museu Memorial TAZARA (Ferrovia Tanzânia-Zâmbia) no Parque Memorial TAZARA, no distrito de Chongwe, a leste de Lusaca, Zâmbia, em 12 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Lusaca, 19 nov (Xinhua) – "Olá! Meu amigo chinês!", nos trilhos da Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central da Zâmbia, o engenheiro civil Stanley Simushi cumprimentou um jornalista da Xinhua em chinês fluente.
Simushi apontou para um grupo de trabalhadores substituindo dormentes em um trecho de trilhos dentro da estação. Usando chaves inglesas e alavancas, a equipe removeu fixadores e pregos, levantou os trilhos e instalou novos dormentes.
New Kapiri Mposhi é o terminal da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia (Tazara), que se estende de leste a oeste de Dar es Salã, na Tanzânia, até este ponto na Zâmbia. A ferrovia foi construída com empréstimos sem juros da China e oficialmente entregue aos governos da Tanzânia e da Zâmbia em 14 de julho de 1976.
Dentro da estação, há um monumento que marca a extensão total da linha: 1.860,54369 quilômetros. O número preciso reflete o esforço de mais de 50.000 engenheiros e operários da construção civil chineses que, ao longo de cinco anos e oito meses, trabalharam com colegas tanzanianos e zambianos, muitas vezes com suor, sangue e sacrifício, para concluir a linha.
Em 4 de setembro de 2024, os líderes dos três países acompanharam a assinatura de um memorando de entendimento sobre o projeto de revitalização da ferrovia Tazara. Com o projeto em andamento, a capacidade de transporte de carga deverá atingir 2,4 milhões de toneladas por ano, e o tempo de entrega poderá ser reduzido em quase dois terços.
"Venha, vamos ao depósito de locomotivas. Há locomotivas chinesas lá", disse o maquinista Jackson Masase, que trabalha na estação há 20 anos. Ele afirmou que as locomotivas da estação vêm de vários países, "mas as chinesas são as melhores: potentes e confiáveis".
Ele mostrou ao repórter a cabine do maquinista, apontando para uma placa com detalhes de um fabricante chinês. O chefe da estação, Mukololo Chanda, disse mais tarde que o mais impressionante foi ver como a Tazara trouxe conveniência e vitalidade aos moradores ao longo da rota, acrescentando que a ferrovia ajudou a estreitar os laços de amizade com muitos colegas chineses.
A cerca de 20 quilômetros a nordeste de Lusaca, o Parque Memorial Tazara preserva as memórias compartilhadas dos povos chinês, tanzaniano e zambiano. "Sempre me emociono muito quando entro aqui", disse o funcionário Tobias Lingweshi.
Durante a construção da ferrovia e projetos de cooperação relacionados, 69 trabalhadores humanitários chineses perderam a vida, 18 deles na Zâmbia. Suas ferramentas, pertences e fotos em preto e branco estão expostos no parque, retratando um período de dificuldades e determinação.
Quase meio século depois, a "Estrada de Ferro", que carrega laços profundos entre China, Tanzânia e Zâmbia, está entrando em uma nova fase de revitalização.
O ministro dos Transportes e Logística da Zâmbia, Frank Tayali, disse que a revitalização da ferrovia está alinhada com a visão do governo de tornar o país uma nação conectada por terra e um centro logístico no sul e centro da África. A ferrovia, conhecida como "estrada para a liberdade", deverá impulsionar o comércio regional, gerar empregos e apoiar a prosperidade compartilhada.
Bruno Ching'andu, diretor-geral da Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia, disse que, após a elevação das relações China-Tanzânia e China-Zâmbia a parcerias estratégicas abrangentes de cooperação, a ferrovia assumirá um papel ainda maior, não apenas no transporte, mas como um elo fundamental na conectividade regional e na cooperação da Iniciativa Cinturão e Rota.
Lingweshi ajuda a limpar o parque memorial todas as manhãs. Não é apenas trabalho, é uma responsabilidade, disse ele, visto que grupos de estudantes e visitantes chineses frequentam o parque. "Espero que mais jovens compreendam essa história e o motivo de a amizade entre a Zâmbia e a China é tão forte".
Operários da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia (TAZARA) substituem dormentes na Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia, em 14 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Crianças passam pela Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia, em 14 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
O maquinista Jackson Masase fecha as portas da locomotiva na Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia, em 14 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Moradores locais visitam o Museu Memorial TAZARA (Ferrovia Tanzânia-Zâmbia) no Parque Memorial TAZARA, no distrito de Chongwe, a leste de Lusaca, Zâmbia, em 12 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Moradores locais visitam o Museu Memorial TAZARA (Ferrovia Tanzânia-Zâmbia) no Parque Memorial TAZARA, no distrito de Chongwe, a leste de Lusaca, Zâmbia, em 12 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Moradores locais prestam homenagem aos trabalhadores humanitários chineses que morreram na construção da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia (TAZARA), no Parque Memorial TAZARA, no distrito de Chongwe, a leste de Lusaca, Zâmbia, em 12 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Foto tirada em 14 de novembro de 2025 mostra plataforma e marco quilométrico de 1859 na Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia. (Xinhua/Peng Lijun)
Homem caminha pela plataforma da Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia, em 14 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Monumento do terminal da Ferrovia Tanzânia-Zâmbia é visto na Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia, em 14 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Moradores locais prestam homenagem no monumento no Parque Memorial TAZARA (Ferrovia Tanzânia-Zâmbia), no Distrito de Chongwe, a leste de Lusaca, Zâmbia, em 12 de novembro de 2025. (Xinhua/Peng Lijun)
Foto tirada em 14 de novembro de 2025 mostra trilhos da ferrovia na Estação Ferroviária de New Kapiri Mposhi, na província Central, Zâmbia. (Xinhua/Peng Lijun)
