Ministra do Meio Ambiente pede transição justa e insta aprovação de indicadores de adaptação na COP30-Xinhua

Ministra do Meio Ambiente pede transição justa e insta aprovação de indicadores de adaptação na COP30

2025-11-20 09:30:00丨portuguese.xinhuanet.com

Belém, Brasil, 19 nov (Xinhua) -- A ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva, pediu nesta terça-feira, durante o nono dia da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), uma transição justa e instou os participantes a aprovarem indicadores globais de adaptação na COP30.

Em seu discurso durante o segmento de alto nível, ela afirmou que o encontro em Belém "impõe uma responsabilidade maior", enfatizando que "as decisões tomadas aqui devem ser proporcionais à urgência climática e à grandeza do território que nos acolhe".

Marina Silva alertou que a emergência climática "já está transformando vidas, economias e ecossistemas" e argumentou que a adaptação deve estar no centro da resposta global.

Ela destacou que a proteção das populações mais vulneráveis exige "instrumentos concretos para mensurar o progresso, orientar políticas e reduzir vulnerabilidades". Portanto, afirmou que é "essencial que a COP30 termine com os indicadores globais de adaptação finalmente aprovados".

A ministra também defendeu "ação rápida, ambição reforçada e implementação acelerada de nossas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas)".

Marina Silva reiterou o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, enfatizando que "os países desenvolvidos, com maior responsabilidade histórica e mais recursos, devem agir mais e mais rapidamente".

Ao mesmo tempo, observou que os países em desenvolvimento também devem se comprometer, "com acesso efetivo aos meios de implementação", garantindo a coerência com seus objetivos de desenvolvimento sustentável.

A ministra definiu esse equilíbrio como o cerne de uma transição justa: "proteger as pessoas, fortalecer a resiliência e orientar as decisões com base na ciência - tanto na ciência moderna quanto no conhecimento dos povos indígenas".

Citando o discurso de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra enfatizou: "Precisamos de roteiros para reverter de forma justa e sistemática o desmatamento e superar progressivamente nossa dependência de combustíveis fósseis, mobilizando os recursos necessários".

Marina também defendeu um diálogo estruturado entre os países produtores e consumidores de combustíveis fósseis para elaborar estratégias de longo prazo que garantam emprego, segurança energética e financiamento para a transição.

Paralelamente à descarbonização, ela defendeu o progresso nos "Roteiros para Acabar com o Desmatamento", elaborados por cada país, com "cooperação, financiamento e pleno respeito aos povos indígenas e comunidades locais".

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