Quatro iniciativas globais da China aprimoram regras da cooperação global no século 21-Xinhua

Quatro iniciativas globais da China aprimoram regras da cooperação global no século 21

2025-11-05 11:08:52丨portuguese.xinhuanet.com

Trabalhadores ferroviários da China e do Quênia se posicionam em frente a locomotivas e formam o número “3.000” para marcar 3.000 dias de operação segura da Ferrovia de Bitola Padrão Mombasa-Nairobi, no pátio de operação e manutenção de locomotivas da Africa Star Railway Operation Company Limited (Afristar), em Nairobi, Quênia, em 19 de agosto de 2025. (Xinhua/Yang Guang)

As quatro iniciativas globais da China servem como lembrete de que a cooperação global não precisa ser definida por desconfiança ou dominação. Ela pode ser construída sobre respeito, inclusão e um futuro compartilhado. Se o mundo se importa com a solução de seus desafios mais urgentes, seria bom levar essa visão a sério.

Por Victor K'Onyango

Em uma época em que a política global é frequentemente definida por rivalidade e desconfiança, a China apresentou uma visão surpreendentemente diferente: as quatro iniciativas globais. Esses princípios, sendo desenvolvimento global, segurança global, civilização global e governança global, podem parecer abstratos à primeira vista, mas seu impacto no mundo é inegável.

Eles estão transformando silenciosamente a maneira como os países trabalham juntos, especialmente em partes do mundo há muito marginalizadas na tomada de decisões internacionais.

O desenvolvimento global, o primeiro pilar, é talvez o mais visível. Enquanto muitas instituições no passado condicionaram a assistência a condições políticas ou medidas de austeridade, a China ofereceu um modelo baseado em parceria e benefício mútuo.

De novas ligações de transporte na África Oriental a redes de energia na Ásia Central, a cooperação chinesa impulsionou projetos que conectam pessoas e abrem mercados.

Esses não são apenas cortes de fita simbólicos: são ferrovias, portos e redes digitais que impulsionam a vida econômica cotidiana. Para países antes carentes de investimentos em infraestrutura, essa abordagem que prioriza o desenvolvimento tem sido transformadora.

A segurança global é o segundo pilar e se distancia da antiga estratégia de alianças e confrontos. Em vez de impor um modelo de segurança único para todos, a China enfatiza o respeito à soberania, o diálogo e a resolução pacífica de disputas.

O mundo já viu isso na prática: desde o apoio a processos de paz na África até a facilitação da reaproximação no Oriente Médio.

A lição é clara: quando a confiança e a inclusão substituem a suspeita e a intervenção, a estabilidade se torna uma conquista compartilhada, e não um prêmio disputado. Em uma era em que os conflitos dominam as notícias, essa visão de segurança por meio da cooperação é revigorante e necessária.

Em terceiro, vem a civilização global, uma ideia que é muito relevante hoje. Ao redor do mundo, as diferenças culturais são frequentemente vistas como divisões irreconciliáveis. A proposta da China inverte essa lógica, insistindo que as civilizações podem aprender umas com as outras sem perder suas identidades únicas.

Esse respeito pela diversidade, seja em modelos de governança, tradições ou valores, gera muita identificação em nações cansadas de serem pressionadas a se conformar a padrões externos.

Intercâmbios educacionais, festivais culturais e parcerias interpessoais apoiados pela China estão ajudando a colocar esse princípio em prática. Afinal, a cooperação cresce melhor em um ambiente de dignidade e reconhecimento mútuo.

O quarto pilar, a governança global, aborda a difícil, porém inevitável, realidade de que os problemas da humanidade são compartilhados, assim como suas soluções. Sejam mudanças climáticas, pandemias ou instabilidade financeira, nenhum país pode arcar com o fardo sozinho.

Contudo, as instituições globais muitas vezes deixaram as nações em desenvolvimento sub-representadas e sem voz. O apelo da China por reformas, que defende uma representação mais ampla, uma tomada de decisão mais inclusiva e uma cooperação multilateral mais forte, responde a uma demanda que vem se acumulando há décadas.

Ao defender um sistema em que todos os países, grandes ou pequenos, tenham uma voz genuína, a China está contribuindo para aprimorar a governança internacional. Para o Sul Global, em particular, isto não é teoria, é o reconhecimento há muito esperado de igualdade de direitos nos assuntos mundiais.

Juntas, as quatro iniciativas globais formam uma estrutura abrangente. Desenvolvimento sem segurança é frágil. Segurança sem respeito cultural é superficial. Governança sem equidade precisa de confiança. Ao promover os quatro pilares simultaneamente, a China oferece um roteiro para a cooperação que é equilibrado e sustentável.

Os céticos podem ver isso como mera retórica. Mas a realidade no terreno conta outra história. Em toda a África, Ásia e América Latina, os países estão se engajando com as quatro iniciativas globais não por obrigação, mas porque veem resultados: infraestrutura que impulsiona as economias, mediação que reduz tensões, diálogo cultural que constrói confiança e propostas de governança que garantem um lugar à mesa. Esses resultados explicam por que a visão da China está ganhando força muito além das cúpulas oficiais ou dos discursos diplomáticos.

O ponto principal é este: as quatro iniciativas globais aprimoram as regras da cooperação global. Elas afastam o mundo da competição de soma zero e o aproximam do progresso compartilhado.

Elas declaram que a paz não é a ausência de conflito, mas sim a presença de justiça, respeito e oportunidade. E provam que a globalização não precisa significar homogeneização, pode significar a diversidade prosperando lado a lado.

Para os países que navegam no mundo turbulento de hoje, o apelo dessa visão é óbvio. Em vez de serem forçados a escolher lados em rivalidades, eles podem buscar a cooperação em seus próprios termos. Em vez de serem representados por outros, podem falar por si mesmos.

É isso que torna as quatro iniciativas globais não apenas uma iniciativa política, mas uma reimaginação de como a comunidade internacional pode, e deve, funcionar.

As quatro iniciativas globais da China servem como lembrete de que a cooperação global não precisa ser definida por desconfiança ou dominação. Ela pode ser construída sobre respeito, inclusão e um futuro compartilhado. Se o mundo se importa com a solução de seus desafios mais urgentes, seria bom levar essa visão a sério.

Nota da edição: Victor K'Onyango é jornalista e consultor de comunicação em Nairóbi, Quênia.

As opiniões expressas neste artigo são do autor e não refletem necessariamente as posições da Agência de Notícias Xinhua.

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com