(Multimídia) FAO relata números crescentes de pessoas em insegurança alimentar aguda em 2023-Xinhua

(Multimídia) FAO relata números crescentes de pessoas em insegurança alimentar aguda em 2023

2024-04-25 12:02:15丨portuguese.xinhuanet.com
Pessoas fazem fila para obter comida gratuita na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 18 de março de 2024. (Rizek Abdeljawad/Xinhua)

   Roma, 25 abr (Xinhua) -- O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda subiu para cerca de 282 milhões em 2023, informou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. Trata-se de um aumento de 24 milhões desde 2022, sublinhou a FAO no seu mais recente Relatório Global sobre a Crise Alimentar.

   O número de pessoas à beira da fome também subiu para mais de 700 mil no ano passado, quase o dobro registrado em 2022.

   A agência da ONU pediu uma "resposta urgente".

   "Uma das conclusões mais importantes (do relatório) é que... a porcentagem da população avaliada em insegurança alimentar aguda permaneceu firmemente elevada em 2023", alertou o diretor do Escritório de Emergência e Resiliência da FAO, Rein Paulsen,

   As causas profundas foram guerras, eventos climáticos extremos e crises econômicas combinadas com "ações inadequadas". Especialmente o conflito Israel-Hamas e a guerra no Sudão foram identificados como fatores-chave que levaram à escalada da emergência global.

   "A Faixa de Gaza tem o maior número de pessoas enfrentando fome catastrófica já registrado pelo Relatório Global sobre a Crise Alimentar, mesmo com caminhões de ajuda bloqueados na fronteira", enfatizou o secretário-geral da ONU, António Guterres, no prefácio do relatório.

   Mais de 281,6 milhões de pessoas -- ou 21,5% da população avaliada no relatório -- enfrentaram altos níveis de insegurança alimentar aguda no ano passado em 59 países e territórios.

   Por outro lado, a situação melhorou em outros 17 países, o que resultou em 7,2 milhões de pessoas a menos sofrendo insegurança alimentar aguda no mesmo período.

   No entanto, o relatório alertou que as perspectivas para 2024 são sombrias, sem previsão de melhora substancial, e com guerras, clima extremo, fraco poder de compras em países de baixa renda e uma diminuição no financiamento humanitário que devem continuar afetando populações que já experimentam insegurança alimentar.

Foto tirada em 22 de maio de 2022 mostra uma loja de grãos em um mercado local em Cartum, Sudão. (Mohamed Khidir/Xinhua)

 

Pessoas esperam receber ajuda alimentar na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 30 de março de 2024. (Rizek Abdeljawad/Xinhua)

 

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