Foto tirada em 26 de maio de 2023 mostra veículos inteligentes conectados e de nova energia exibidos no centro de exposições da Zona Nacional de Demonstração de Inovação Independente de Zhongguancun em Beijing, capital da China. (Xinhua/Ren Chao)
Beijing, 30 mai (Xinhua) -- Um dos principais centros de inovação científica e tecnológica, Beijing continuará a ser um destino atraente para investimentos estrangeiros, atraindo ativamente projetos e talentos de inovação científica e tecnológica e se esforçando continuamente para melhorar seu ambiente de negócios.
Executivos de empresas com capital estrangeiro, investidores e funcionários governamentais fizeram comentários na Cúpula Global Invest Beijing 2023, um evento paralelo ao Fórum Zhongguancun 2023, que a capital sediou de 25 a 30 de maio na zona de inovação Zhongguancun, conhecida como o Vale do Silício da China.
Durante a cúpula, empresas nacionais e estrangeiras assinaram acordos de investimento no valor total de 60,8 bilhões de yuans (US$ 8,61 bilhões), abrangendo 39 projetos nos setores de alta tecnologia da capital chinesa, como veículos inteligentes conectados, medicina e saúde, além de manufatura inteligente.
Foram anunciados também na cúpula 152 projetos de investimento envolvendo financiamento empresarial, cooperação em parques, em construção e financiamento de terras, com um investimento total de 143,4 bilhões de yuans.
Beijing tem o maior número de sedes regionais de empresas da Fortune 500 e dá prioridade ao desenvolvimento em áreas como comércio de serviços, inovação tecnológica e manufatura inteligente, disse Hubertus Troska, membro do conselho de administração do Mercedes-Benz Group AG responsável pela Grande China.
Nos últimos dez anos, a empresa e seus parceiros locais investiram mais de 100 bilhões de yuans na China, com foco na expansão da capacidade de produção local, fortalecimento da capacidade local de P&D e construção da cadeia da indústria automotiva, entre outras áreas importantes.
"Estou confiante de que Beijing, com seu claro compromisso de continuar com a política de reforma e abertura da China e melhorar constantemente o ambiente de negócios, continuará sendo uma escolha atraente para investidores estrangeiros", disse Troska, que mora na cidade há mais de uma década.
Carl-Alexander Scheef, vice-presidente da Bayer Healthcare Co., Ltd. China, assinalou que os esforços de Beijing em promover reforma e abertura e políticas preferenciais encorajaram a Bayer a se tornar uma das primeiras empresas de capital estrangeiro a se estabelecer na cidade.
Funcionários do governo local visitaram várias vezes a fábrica da empresa em Beijing para entender melhor suas necessidades de desenvolvimento. O lançamento da Zona Piloto de Livre Comércio da China (Beijing) em setembro de 2020 também ajudou a Bayer com uma cadeia de suprimentos resiliente e desembaraços alfandegários rápidos, dando à Bayer mais confiança em seu desenvolvimento futuro em Beijing, avaliou Scheef.
No ano passado, a empresa investiu 40 milhões de euros (US$ 43 milhões) para instalar quatro novas linhas de produção de embalagens no país, aumentando sua capacidade em pelo menos 40%. "É um grande investimento porque acreditamos muito no crescimento do mercado chinês", afirmou.
"Beijing é uma das primeiras cidades piloto na China a realizar a construção de centros internacionais de consumo e o cultivo de um ambiente de negócios inovador", disse Sheng Qiuping, vice-ministro do Comércio da China. "Damos as boas-vindas a empresas de capital estrangeiro para realizar investimentos em Beijing e expandir continuamente as áreas de cooperação."
Beijing tornou-se um hotspot para investimentos estrangeiros no país. De acordo com o Departamento Municipal de Estatísticas de Beijing, o investimento estrangeiro direto real utilizado foi de US$ 17,41 bilhões em 2022, um aumento anual de 12,7%. Entre eles, US$ 6,98 bilhões foram gastos em pesquisa científica e serviços de tecnologia, representando 40,1% do total.
Beijing também se tornou um importante centro de inovação científica e tecnológica no país, com quase 100 universidades e mais de mil institutos de pesquisa. Ele ocupa a terceira posição no mundo em termos de número de empresas unicórnios, as que valem US$ 1 bilhão ou mais. Beijing alcançou um feito impressionante ao garantir o primeiro lugar na lista de cidades científicas globais do Nature Index por seis vezes consecutivas.
Zhongguancun, o centro de inovação de Beijing, atraiu mais de 300 empresas multinacionais para estabelecer sedes regionais e centros de pesquisa e mais de 130 empresas da Fortune Global 500 para estabelecer filiais.
"Beijing há muito atribui grande importância ao ecossistema de desenvolvimento da indústria de capital de risco, fornecendo reservas de talentos suficientes para inovação científica e tecnológica de ponta e cenários ricos para aplicação de tecnologia", disse Zhou Kui, sócio da empresa de investimento Sequoia China.
Das empresas com sede em Beijing nas quais ela investiu, 50 concluíram ofertas públicas iniciais e 43 se tornaram empresas unicórnios. "Acreditamos firmemente que mais conquistas e empresas líderes com influência global serão vistas no futuro em Beijing", acrescentou Zhou.
