Indonésia enfrenta forte aumento em casos de COVID-19

2021-06-21 22:16:12丨portuguese.xinhuanet.com

Jacarta, 19 jun (Xinhua) - A Indonésia está enfrentando um aumento acentuado nos casos de COVID-19 um mês após o feriado Eid al-Fitr com a detecção da variante mais contagiosa Delta, já que mais de 12.000 casos diários foram relatados por três dias consecutivos.

O porta-voz da força-tarefa de COVID-19, Wiku Adisasmito, disse que o número de casos de COVID-19 aumentou significativamente nos últimos dias, com 9.944 novos casos na quarta-feira, 12.624 na quinta-feira, 12.990 na sexta-feira e 12.906 no sábado, elevando o total de casos para 1.976.172 e o número de mortos para 54.291.

Com base nos testes de reação em cadeia da polimerase (PCR), a taxa de positividade também subiu para 45,5 por cento na sexta-feira e 39,79 por cento no sábado.

"O número de novos casos também aumentou 112,22 por cento nas últimas quatro semanas, enquanto após o longo feriado do Eid al-Fitr no ano passado era de apenas 93,11 por cento", disse Adisasmito na quinta-feira.

O mais recente surto de casos de COVID-19 ocorreu pela primeira vez no distrito de Kudus na província de Java Central e no distrito de Bangkalan na província de Java Oriental na primeira semana de junho. A doença viral se espalhou para outros distritos, sobrecarregou as instalações médicas e forçou vários hospitais a fecharem unidades de emergência.

Em Kudus, o número de casos saltou mais de 30 vezes em sete dias no início de junho de 26 para 929. Com base em testes de sequenciamento do genoma completo, 86,11 por cento ou 62 do total de 72 amostras verificadas no distrito estavam relacionados à variante Delta.

O último surto também afetou 269 profissionais da área médica no distrito durante o período pós-feriado.

Na sexta-feira, o Gabinete de Saúde Kudus informou que houve 237 novos casos em 24 horas, elevando o total para 11.634.

Windhu Purnomo, epidemiologista da Universidade Airlangga em East Java, disse que o aumento nas atividades sociais, a falta de conformidade com os protocolos de saúde, bem como o rastreamento limitado de contatos foram os culpados pelo aumento dos casos.

"Há tantas pessoas que não usam máscaras em locais públicos, inclusive em transporte público e mercados", disse ele.

A densamente povoada capital Jacarta registrou no sábado 4.895 casos adicionais de COVID-19 em 24 horas, o maior número durante a pandemia. Atualmente, 89 por cento dos 8.924 leitos especiais para pacientes com COVID-19 estão ocupados.

Da mesma forma, a taxa de ocupação de leitos na capital da província de Java Ocidental, Bandung, atingiu mais de 80 por cento, e os pacientes em alguns hospitais até excederam a capacidade.

"Com esta condição, os trabalhadores médicos estão sobrecarregados e exaustos", disse o presidente da Associação Médica Indonésia, Daeng Muhammad Faqih.

Para controlar o surto, o ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin, disse que o governo está fazendo esforços para melhorar as disciplinas dos protocolos de saúde, estender as restrições em escala micro e acelerar as vacinações.

O país pretende administrar 700 mil doses diárias neste mês e 1 milhão de doses diárias em julho.

Na restrição de microescala que foi estendida até 28 de junho, os escritórios localizados nas zonas vermelhas só podiam conter um máximo de 25 por cento dos funcionários e o restante trabalhar remotamente.

Os centros comerciais e restaurantes só estão autorizados a funcionar até às 21:00h, horário local com um máximo de 50 por cento dos visitantes sob estritos protocolos de saúde.

As escolas nas zonas vermelhas também estão proibidas de realizar ensino presencial, e os fiéis nas zonas vermelhas são obrigados a orarem em suas casas.

O presidente da Sociedade Indonésia de Respirologia, Agus Dwi Susanto, disse que a restrição à microescala por si só não foi suficiente para impedir o aumento dos casos. O mais importante é prevenir a transmissão do vírus impondo restrições em grande escala, disse ele.

"Sem restrições em grande escala, o acúmulo de pacientes nos hospitais continuaria e os serviços médicos entrariam em colapso", alertou ele.

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