Chefe da ONU apela para garantir inclusão e empoderamento dos povos indígenas

Nações Unidas, 19 abr (Xinhua) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lembrou na segunda-feira à comunidade internacional a necessidade de garantir "participação igualitária e significativa, inclusão plena e empoderamento" de todos os povos indígenas.

Embora representem a maior parte da diversidade cultural mundial e falem a maior parte de suas línguas, os povos indígenas têm três vezes mais chances de viver na pobreza extrema, disse o chefe da ONU na sessão de abertura do Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas.

Como suas línguas e culturas permanecem sob constante ameaça, os povos indígenas sofreram um grande golpe com a pandemia de COVID-19. "Um grupo já vulnerável corre o risco de ficar ainda mais para trás", alertou o secretário-geral.

Enquanto isso, sua falta de participação na tomada de decisões frequentemente significa que suas necessidades específicas são negligenciadas ou ignoradas. "Enquanto trabalhamos para nos recuperar da pandemia, devemos priorizar a inclusão e o desenvolvimento sustentável que proteja e beneficie todas as pessoas", observou o chefe da ONU.

Ele convidou todos a "fazerem melhor" na promoção de leis e políticas inclusivas e participativas com instituições fortes e responsáveis ​​que proporcionem justiça para todos e a "promover e defender" o direito à saúde para as pessoas e o meio ambiente.

Durante a sessão, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Volkan Bozkir, disse que, na preparação para a próxima pandemia "devemos envolver as comunidades indígenas que correm maior risco de doenças infecciosas emergentes como resultado da destruição dos ecossistemas das indústrias extrativas e das mudanças climáticas".

"Os tomadores de decisão devem refletir a população que é governada pelas decisões tomadas", disse ele. "Esta é a única abordagem que acabará com a estigmatização, discriminação e ameaças culturais, e melhorará o acesso a serviços vitais como educação, saúde e justiça".