ONU se preocupa com alegações de decapitações e uso de crianças-soldados em Moçambique

2021-04-10 21:48:33丨portuguese.xinhuanet.com

Nações Unidas, 8 abr (Xinhua) – A Organização das Nações Unidas e os parceiros humanitários estão profundamente preocupados com as alegações de decapitações e relatos não verificados do uso de crianças-soldados em Moçambique, disse um porta-voz da ONU na quinta-feira.

As alegações em relatórios de violações contra civis por grupos armados não estatais e confrontos no distrito de Palma em Cabo Delgado dizem que ocorreram desde 24 de março, disse Stephane Dujarric, porta-voz chefe do secretário-geral da ONU, António Guterres.

"É extremamente difícil verificar as informações sobre esses incidentes neste momento para nós, mas estamos preocupados com a situação dos civis que fugiram da violência e daqueles que permanecem em Palma", disse Dujarric a repórteres em um briefing regular. "Quase 12.800 pessoas, 43 por cento dessas 12.800 pessoas são crianças, chegaram aos distritos de Nangade, Mueda, Montepuez e Pemba".

Acredita-se que muitos mais estão em movimento em busca de segurança e assistência.

Pessoas deslocadas têm se escondido dos agressores depois de fugir de Palma no início de 24 de março.

Os parceiros humanitários da organização mundial em Moçambique estão ajudando as pessoas deslocadas e intensificando a resposta humanitária em Cabo Delgado.

Mais de 500.000 pessoas na província receberam assistência humanitária este ano, disse o porta-voz. "A Organização das Nações Unidas apela a todas as partes no conflito em Cabo Delgado que protejam os civis".

A crise está afetando os humanitários em Moçambique. Nos primeiros meses deste ano, antes da erupção da crise de Palma no dia 24 de março, os humanitários lidaram com várias emergências climáticas e o conflito em Cabo Delgado, disse ele. "No entanto, o apelo humanitário para a crise em Cabo Delgado está atualmente financiado apenas 1 por cento. Mais recursos são imediatamente necessários para atender às necessidades das pessoas que fogem da violência em Palma".

 

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