Relatório da ONU pede remoção de obstáculos ao empreendedorismo social dos jovens

Nações Unidas, 2 jul (Xinhua) - Um novo relatório da ONU convocou os governos e outros tomadores de decisão a removerem obstáculos ao empreendedorismo social dos jovens, como o acesso a fundos para start-ups.

Muitos sistemas reguladores geralmente impedem, às vezes involuntariamente, os jovens de acessarem produtos e serviços financeiros necessários para iniciar uma empresa. E a falta de acesso a treinamento, suporte técnico, redes e mercados também está desencorajando o crescimento das empresas sociais da juventude, de acordo com o "Relatório Mundial da Juventude: Empreendedorismo Social da Juventude e a Agenda 2030", lançado na quinta-feira.

Superar obstáculos que impedem que mais jovens se tornem empreendedores sociais de sucesso contribuirá para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para enfrentar os impactos socioeconômicos do COVID-19, de acordo com o relatório divulgado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.

O desemprego entre os 1,2 bilhão de jovens do mundo é muito maior que o dos adultos, e o COVID-19 piorou suas perspectivas de emprego. O empreendedorismo social pode fornecer um caminho viável para os jovens ganharem a vida e ajudarem a atender às necessidades de suas comunidades enquanto avançam nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, afirmou o relatório.

"Criar caminhos para o empreendedorismo social dos jovens pode gerar resultados positivos para todos", disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral da ONU para assuntos econômicos e sociais, em um comunicado à imprensa. "Quando apoiado pela viabilização de políticas e programas, o empreendedorismo social pode representar uma ótima maneira de os jovens ganharem a vida e melhorarem o mundo ao seu redor".

O relatório convidou os governos a estabelecerem políticas e estruturas reguladoras que promovam o desenvolvimento de habilidades, garantam a disponibilidade de capital e serviços financeiros adaptados, gerem suporte técnico e infraestrutura relevantes, bem como redes e mercados abertos para jovens empreendedores sociais.

Também é necessário promover uma cultura e normas sociais que apoiem ​​o empreendedorismo social dos jovens, afirmou o relatório.