Especialistas dos EUA refutam teoria da conspiração sobre origem do novo coronavírus

2020-02-23 16:33:35丨portuguese.xinhuanet.com

São Francisco, 22 fev (Xinhua) -- O novo coronavírus "ocorreu naturalmente de animais para pessoas" em vez de ser "fabricado em alguma pesquisa sobre armas biológicas", afirmou um renomado epidemiologista dos Estados Unidos, refutando uma teoria da conspiração sobre a origem do vírus, para apoiar os profissionais de saúde chineses.

"Eu rejeito essa teoria totalmente. Com base no que conhecemos, é mais provável que seja algo originário de animais e posteriormente passado para humanos, exatamente como o caso da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio)", disse Arthur Reingold, epidemiologista da Universidade da Califórnia em Berkeley, (UC Berkeley), em uma recente entrevista.

Desde o surgimento da doença do novo coronavírus, alguns políticos dos Estados Unidos espalharam rumores sobre o vírus. O senador Tom Cotton recentemente sugeriu que o coronavírus poderia ter sido criado em um laboratório biológico na China.

"Realmente não acredito que tenha sido feito em alguma pesquisa sobre armas biológicas. Acho que ocorreu naturalmente de animais para pessoas", disse Reingold, também chefe da divisão de epidemiologia e bioestatística da UC Berkeley, que se dedica à prevenção e controle de doenças infecciosas.

William Schaffner, diretor médico da Fundação Nacional para Doenças Infecciosas, uma organização baseada em Washington, tem uma opinião semelhante.

"Até onde eu sei, nenhum cientista respeitável levantou essa questão. Agora existem alguns dados científicos que indicam que esse é um fenômeno natural, assim como a SARS ou a MERS", disse ele durante uma entrevista por telefone.

A teoria da conspiração também provocou reação de cientistas internacionais.

A revista médica, The Lancet, criticou isso como algo que dificulta a luta contra a COVID-19.

"A facilidade através da qual imprecisões e conspirações podem ser repetidas e perpetuadas através das mídias sociais e meios convencionais coloca a saúde pública em constante desvantagem", disse a revista em um editorial publicado no sábado.

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