Viagem de Xi a Grécia e Brasil impulsionará relações bilaterais e cooperação do BRICS

2019-11-08 12:45:55丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 8 nov (Xinhua) -- A eminente visita do presidente da China, Xi Jinping, à Grécia e ao Brasil intensificará as relações chinesas com os dois países e fortalecerá a cooperação do BRICS, avaliaram nesta quinta-feira oficiais em Beijing.

A convite do presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, Xi realizará uma visita de Estado à Grécia de 10 a 12 de novembro, confirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Qin Gang.

Esta será a primeira visita ao país europeu feita por um presidente chinês depois de um intervalo de 11 anos. Para Qin, ela exercerá uma influência histórica nas relações entre a China e a Grécia e impulsionará as relações com a Europa, assim como a cooperação no Cinturão e Rota.

Ele indicou que os dois países, ambos com antigas civilizações, são amigos confiáveis que se ajudam e respeitam e apoiam os interesses fundamentais e as principais preocupações um do outro.

A Grécia foi um dos primeiros países da União Europeia (UE) a assinar um documento de cooperação intergovernamental com a China para construir conjuntamente o Cinturão e Rota, lembrou Qin, acrescentando que os primeiros-ministros gregos participaram do primeiro e do segundo Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional em Beijing.

As duas partes têm uma cooperação frutífera com base no princípio de benefício mútuo e cooperação de ganha-ganha e presenciam crescentes comércio e investimentos bilaterais, destacou Qin.

"O projeto do Porto de Piraeus, um projeto emblemático da cooperação do Cinturão e Rota, fez importantes contribuições ao desenvolvimento econômico e social local da Grécia, e desempenhou um papel importante para impulsionar a conectividade em diversas regiões do mundo", assinalou o vice-chanceler.

Ao falar dos intercâmbios culturais e entre pessoas, Qin disse que os povos dos dois países se respeitam e defendem a abertura e inclusão em suas estreitas interações.

"Tanto a China como a Grécia consideram que as diferentes civilizações devem se respeitar e facilitar o compartilhamento de experiência, a aprendizagem mútua e o diálogo entre civilizações".

China e Grécia são novos amigos da cooperação "17+1". Em abril deste ano, a Grécia se tornou em um membro pleno do Mecanismo de Cooperação China-Países da Europa Central e Oriental, acrescentando novas oportunidades para o desenvolvimento deste mecanismo, o que também é conducente ao desenvolvimento das relações e da conectividade entre a China e a UE, disse Qin.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, encabeçou uma delegação para participar da atual segunda Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês). Xi se reuniu com ele, e os dois líderes visitaram o pavilhão da Grécia, revelou Qin.

Ele indicou que na Grécia, a agenda de Xi inclui realizar reuniões separadas com Pavlopoulos e Mitsotakis, com o objetivo de consolidar a confiança política mútua e a tradicional amizade entre os dois países, intensificar a cooperação pragmática em comércio, investimento, infra-estrutura e outras áreas, defender o multilateralismo e o livre comércio, e construir uma economia mundial aberta.

Além disso, Qin assinalou que os líderes chinês e grego incentivarão intercâmbios culturais e defenderão diálogos entre civilizações.

As duas partes emitirão uma declaração conjunta sobre o fortalecimento da parceria estratégica abrangente, elaborarão um plano para o desenvolvimento das relações bilaterais, assinarão documentos de cooperação intergovernamental sobre investimento e educação, e acordos comerciais em áreas como portos, finanças e energia.

A Grécia, no Ocidente, e a China, no Oriente, são herdeiras de antigas civilizações. Ao indicar que as duas nações enfrentam a missão do rejuvenescimento e da prosperidade, Qin disse que ambas podem esclarecer ao mundo como abordar diversos problemas e desafios.

A próxima visita de Xi à Grécia mostra o respeito e a apreciação da antiga civilização da China pela antiga civilização grega, assim como a expectativa de construir conjuntamente uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, salientou Qin.

Acredita-se que a visita elevará o nível da cooperação bilateral de uma maneira integral e injetará novo ímpeto ao desenvolvimento das relações China-UE com resultados frutíferos, sublinhou.

Na sequência, Xi participará da 11ª Cúpula do BRICS em Brasília, capital do Brasil, de 13 a 14 de novembro, a convite do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

BRICS é o acrônimo de um bloco de mercados emergentes que agrupa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

De acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, Xi tem na agenda participação na cerimônia de encerramento do fórum empresarial do BRICS, encontros fechados e públicos no âmbito da reunião de líderes do grupo e do diálogo de líderes do BRICS com o Conselho Empresarial do bloco e o Novo Banco de Desenvolvimento. Espera-se que seja emitida uma declaração dos líderes, disse Ma.

Xi realizará reuniões com Bolsonaro, assinará documentos de cooperação em diversas áreas e realizará reuniões bilaterais com líderes de outros países participantes para trocar pontos de vista sobre as relações e a cooperação do BRICS.

Como o mundo está experimentando mudanças não vistas em um século e está confrontando oportunidades e desafios sem precedentes, os países do bloco têm atraído uma crescente atenção mundial, destacou Ma, enfatizando que a China aprecia os esforços feitos pelo Brasil em sua preparação da reunião e que está pronta para impulsionar conjuntamente a reunião para atingir resultados frutíferos.

Ele expressou as expectativas chinesas.

"A parte chinesa espera que os países do BRICS fortaleçam mais a confiança política mútua, impulsionem a cooperação de benefício mútuo e forjem uma parceria mais abrangente, mais próxima e mais ampla", disse Ma.

Em relação a proteger o multilateralismo e fortalecer a governança global, Ma expressou a determinação da China para fazer esforços conjuntos com outros países do BRICS para proteger o sistema de comércio multilateral com base em regras, a ordem mundial apoiada na lei e o sistema internacional com a ONU no núcleo.

O objetivo é promover um sistema de governança global mais equitativo, aberto, transparente e inclusivo e proteger os interesses comuns e o espaço de desenvolvimento dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento, assinalou Ma.

"A China acredita que os cinco países do BRICS devem continuar a tendência da nova revolução industrial e facilitar a transformação e atualização econômicas".

Como um resultado importante da reunião de Johannesburgo no ano passado, a parceria do BRICS para uma nova revolução industrial progrediu bem no último ano, indicou. Ma acrescentou que a China está disposta a trabalhar com as partes pertinentes para acelerar o desenvolvimento da parceria e aproveitar mais o potencial para os projetos de cooperação, a fim de impulsionar o desenvolvimento de alta qualidade dos cinco países.

"A China espera uma maior cooperação em economia, comércio, finanças, segurança política e intercâmbios entre povos, com projetos que atendam as necessidades de desenvolvimento dos cinco países e sirvam aos interesses de seus povos", acrescentou.

A parte da China acredita que, com esforços consertados de todas as partes e sob a guia política dos líderes dos cinco países, a 11ª Cúpula do BRICS será um êxito total, disse Ma, assinalando que os países do bloco continuarão contribuindo para a paz e o desenvolvimento do mundo e para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade.

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