Forças curdas declaram acordo com governo para confrontar ataque turco

2019-10-14 13:44:22丨portuguese.xinhuanet.com

Damasco, 13 out (Xinhua) -- A Administração Autônoma Curda do Norte e Leste da Síria, conhecida como Rojava, disse no domingo que atingiu um acordo com o governo sírio para confrontar o atual ataque turco.

"Um acordo foi atingido com o governo sírio para a entrada e destacamento do exército sírio ao longo da fronteira sírio-turca para ajudar as Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês) lideradas pelos curdos a enfrentarem a ofensiva turca e retomarem as áreas que caíram nas mãos turcas", disse a Rojava em um comunicado.

O acordo permitirá a liberação de outras áreas sírias como Afrin, que caíram sob controle dos rebeldes apoiados pela Turquia em 2018.

Os meios de comunicação oficiais da Síria informaram que o exército sírio estava se movendo em direção à região do norte para "confrontar a agressão turca".

O comunicado não revelou mais detalhes sobre a natureza do "confronto", mas pouco antes a TV pan-árabe al-Mayadeen e o Observatório para os Direitos Humanos da Síria (SOHR, em inglês) tinham informado que o exército sírio entraria em duas importantes áreas curdas no norte da Síria dentro de 48 horas.

A TV al-Mayadeen noticiou que o exército sírio entraria na cidade de Manbij na zona rural nordestina de Alepo, no norte da Síria, assim como na cidade de Ayn al-Arab, na zona rural do norte de Alepo, dentro 48 horas.

O SOHR disse que tinha "informações confirmadas" de que um acordo foi atingido entre as SDF e a Rússia sobre a entrada do exército sírio em Manbij e em Ayn al-Arab, também conhecido como Kobane.

Uma fonte curda bem informada confirmou à Xinhua que o exército sírio assumiria o controle de Manbij e Ayn al-Arab, ambas importantes cidades controladas pelos curdos no norte da Síria.

Aparentemente, a entrada do exército sírio nas áreas acima mencionadas veio como parte da tentativa do exército sírio para privar o pretexto da Turquia para atacar as áreas controladas pelos curdos no norte da Síria.

Na quarta-feira, a Turquia começou a campanha militar no norte da Síria em uma tentativa para eliminar as SDF e seu guarda-chuva, as Unidades de Proteção Popular, ambas considerados por Ancara separatistas e terroristas.

A operação turca também pretende criar uma zona segura no norte da Síria para reassentar milhões de refugiados sírios.

Tudo ocorreu depois da retirada das forças dos Estados Unidos do norte da Síria, ação vista como um sinal de abandonar as forças curdas que são consideradas como aliados de Washington no combate aos militantes do Estado Islâmico na Síria.

O Ministério das Relações Exteriores sírio emitiu dois comunicados desde o início da operação turca, acusando Ancara de visar áreas residenciais e causar mortes de civis e responsabilizando as forças curdas pela incursão militar turca.

As forças curdas tinham sido aconselhadas a aceitar a entrada das forças e instituições do governo sírias nas áreas controladas por elas no norte da Síria, com o fim de eliminar o pretexto de Ancara de lançar um ataque militar na região do norte.

No início do dia, a agência de notícias estatal SANA informou que o exército turco e seus aliados, os grupos rebeldes sírios, capturaram diversas áreas na zona rural da Província de Hasakah, no nordeste da Síria, e na zona rural da Província de Raqqa, no norte.

O SOHR disse anteriormente que o número de civis que fugiu das zonas da batalha na área excedia 100 mil, advertindo que a situação pode ser "totalmente catastrófica". Fim

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