Bolsonaro prega "tolerância" zero contra crimes ambientais e se defende de críticas pela Amazônia

2019-08-24 18:25:02丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 23 ago (Xinhua) -- O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira que seu governo tem "tolerância" zero com a criminalidade e que na área ambiental não será diferente e se mostrou "aberto a dialogar" com os países que criticaram sua política ambientalista, a raiz dos incêndios na floresta amazônica.

Em um pronunciamento transmitido esta noite a todo o país por televisão e rádio, Bolsonaro ofereceu ajuda federal aos governos da região amazônica para combater o fogo e ressaltou que pôs as Forças Armadas à disposição para combater os incêndios que tem causado uma grande polêmica internacional.

"Somos um governo de tolerância zero com a criminalidade, e na área ambiental não será diferente. Por esta razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia legal. Com relação àqueles que a aceitarem, autorizarei a operação de Garantia da Lei e Ordem (GLO), uma verdadeira GLO ambiental", disse em alusão ao uso dos militares.

Segundo o presidente brasileiro, "o emprego de pessoal e equipamento das Forças Armadas, auxiliares e outras agências permitirão não apenas combater as atividades ilegais, como também conter o avanço das queimadas na região".

Para Bolsonaro, a proteção da Amazônia não depende unicamente de ações de fiscalização e disse que é necessário "um dinamismo econômico" para dar oportunidades de desenvolvimento a toda a população que vive na região, cerca de 20 milhões de pessoas.

"A floresta amazônica é parte essencial de nossa história, de nosso território e de tudo que nos faz sentir ser brasileiros. Nossas riquezas são incalculáveis, tanto em matéria de biodiversidade como de recursos naturais", afirmou.

Para Bolsonaro, os incêndios ocorrem porque "estamos em uma estação tradicionalmente quente, seca e de ventos fortes na qual todos os anos, lamentavelmente, acontecem queimadas na região amazônica. Nos anos mais chuvosos, as queimadas são menos intensas, e nos anos mais quentes, como este 2019, ocorrem com maior frequência".

O presidente ressaltou que "não estamos satisfeitos com o que estamos assistindo" e prometeu atuar "fortemente para controlar os incêndios na Amazônia".

Segundo ele, o país sul-americano "é um exemplo de sustentabilidade, preserva mais de 60% de sua vegetação nativa, possui uma lei ambiental moderna e um código florestal que deveria servir de modelo para o mundo".

Sobre as críticas internacionais recebidas por sua política ambiental, assegurou que "vários países desenvolvidos ainda não conseguiram avançar com seus compromissos no âmbito do acordo de Paris. Seguimos como sempre abertos ao diálogo, com base no respeito, na verdade e conscientes de nossa soberania".

Bolsonaro concluiu afirmando que "incêndios florestais existem em todo o mundo e isto não pode servir de pretexto para possíveis sanções internacionais. O Brasil continuará sendo como foi até hoje, um país amigo de todos e responsável pela proteção de sua floresta amazônica".

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