China insta os EUA a restringirem o desenvolvimento de armamentos depois de teste de míssil

Beijing, 21 ago (Xinhua) -- A China instou nesta terça-feira os EUA a restringirem o desenvolvimento de armamentos e salvaguardar seriamente o atual sistema de controle de armas, depois que o Departamento de Defesa dos EUA anunciou na segunda-feira o teste de um míssil de cruzeiro de médio alcance lançado em terra.

Foi divulgado que o teste do míssil "convencionalmente configurado" atingiu o alvo depois de voar mais de 500 km. Essa foi a primeira vez que os EUA realizaram um teste de míssil anteriormente proibido pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (Tratado FNI), marcando a retomada de uma corrida armamentista.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse que o teste de míssil foi realizado menos de três semanas depois que o país norte-americano anunciou sua retirada oficial do FNI, em 2 de agosto.

"Isso mostrou que o verdadeiro propósito da retirada dos EUA foi "desamarrar-se", desenvolver mísseis avançados e buscar vantagens militares unilaterais", disse Geng em uma coletiva de imprensa.

Geng disse que o ato dos EUA desencadeará uma nova rodada de corrida armamentista e a escalada das tensões militares e, como resultado, terá sérios impactos negativos em situações de segurança internacional e regional.

"Exortamos o lado norte-americano que abandone a mentalidade da Guerra Fria e o obsoleto pensamento de jogo de soma zero, se contenha no desenvolvimento de armamentos, salvaguarde o regime existente de controle militar e faça mais para preservar o equilíbrio e a estabilidade estratégica global, além de promover a paz e tranquilidade internacional e regional", acrescentou Geng.