Necessário mais envolvimento internacional em áreas do Brasil que abrigam venezuelanos, segundo chefe da ONU para refugiados

2019-08-21 07:13:44丨portuguese.xinhuanet.com

Genebra, 19 ago (Xinhua) -- O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, pediu maior engajamento internacional, inclusive por instituições financeiras e agentes de desenvolvimento, em comunidades que acolhem refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil.

"A solidariedade do povo do Brasil com os refugiados e migrantes venezuelanos tem sido exemplar", disse Grandi, segundo o ACNUR, em um comunicado divulgado na segunda-feira.

Grandi, que concluiu uma visita de quatro dias ao Brasil, disse no domingo na capital brasileira que o impacto, no entanto, nas comunidades anfitriãs em estados como Roraima e Amazonas, foi avassalador.

Foi-lhe dito que em algumas comunidades fronteiriças, 40 por cento dos pacientes e 80 por cento das mulheres que dão à luz nos hospitais são da Venezuela.

Houve um impacto semelhante na educação, no emprego, na habitação e nos serviços sociais.

"É vital que os esforços das autoridades nos níveis federal, estadual e municipal, bem como da sociedade civil, grupos da Igreja e brasileiros comuns, sejam adequadamente apoiados pela comunidade internacional", disse o chefe da agência da ONU para refugiados.

Existem mais de 180.000 refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil, disse o ACNUR.

Uma média de 500 deles chegam diariamente, a maioria com necessidade urgente de assistência humanitária, no estado economicamente pobre do norte de Roraima e geograficamente isolado do resto do país.

Os países latino-americanos receberam a grande maioria dos mais de 4 milhões de refugiados e migrantes venezuelanos, disse o ACNUR.

Se a tendência atual continuar, mais de 5 milhões de refugiados e migrantes poderão estar fora da Venezuela até o final de 2019.

O apelo de Grandi por mais apoio internacional está de acordo com o Pacto Global sobre Refugiados, que apela a um maior apoio aos refugiados e às comunidades que os acolhem, que frequentemente estão entre os mais pobres, disse o ACNUR.

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