China planeja lei para regular cigarros eletrônicos

Beijing, 23 jul (Xinhua) -- A Comissão Nacional de Saúde (CNS) da China planeja regulamentar os cigarros eletrônicos (e-cigarros) por meio de legislação para responder às preocupações críticas sobre os efeitos nocivos do produto.

O chefe do departamento de planejamento da entidade, Mao Qun'an, revelou em coletiva realizada nesta segunda-feira que a CNS está realizando pesquisas conjuntas com outros departamentos relevantes sobre o assunto.

Estudos mostram que o aerossol gerado pelos cigarros eletrônicos contém elementos tóxicos e que vários aditivos nos produtos representam riscos para a saúde dos usuários, disse Mao.

Além disso, a rotulagem ambígua do teor de nicotina nos cigarros eletrônicos pode resultar em uma overdose do produto químico insalubre, juntamente com outros riscos potenciais, como explosão de bateria, vazamento de líquido e queima, alertou.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças no ano passado, embora a taxa de uso de cigarros eletrônicos, também conhecido como vaping, fosse relativamente baixa entre os chineses, já dobrou desde 2015.

Particularmente, a taxa de vaping entre os jovens é maior que outros grupos etários, com o maior número de usuários no grupo de 15 a 24 anos, segundo a pesquisa.

"De acordo com pesquisas internacionais, vaping pode induzir os jovens a experimentarem os cigarros tradicionais, o que acelerará a tendência de uma população de fumantes mais jovens", disse Mao.

"Levando em consideração seus riscos e impacto negativo sobre os hábitos de saúde dos adolescentes, os cigarros eletrônicos devem ser regulamentados com maior rigor", disse Mao, acrescentando que essa conscientização também deveria ser levantada entre o público, especialmente os pais e as escolas, para proteger os jovens de vaping.