China pede que EUA não politizem religião e não interfiram em assuntos internos

Beijing, 23 jul (Xinhua) -- O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos parem de politizar os assuntos religiosos e de interferir em assuntos internos dos outros países.

O porta-voz fez as observações quando foi perguntado sobre a medida dos Estados Unidos de criar uma aliança internacional sobre liberdade religiosa com outros países em uma conferência internacional de liberdade religiosa.

A difamação norte-americana sobre a política e liberdade religiosas da China na conferência tem encontrado oposição por todos os chineses, disse Geng.

O estabelecimento da aliança é nada mais que uma ferramenta para os Estados Unidos usarem o pretexto religioso com o fim de promoverem seus próprios valores e interferirem em assuntos internos dos outros países, ato que será oposto pela maioria das nações no mundo, disse o porta-voz.

"Nós pedimos que os Estados Unidos respeitem os fatos, abandonem o preconceito e parem com a politização religiosa e a interferência em assuntos internos dos outros países", apontou Geng.

Recentemente, quase 100 intelectuais e membros religiosos em Xinjiang, noroeste da China, conjuntamente enviaram uma carta ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, expressando forte indignação com suas observações irresponsáveis sobre Xinjiang, revelou o porta-voz.

Várias associações religiosas chinesas também condenaram fortemente as observações, destacou Geng.

Observando que a medida dos Estados Unidos despertou a objeção e a oposição de muitos países, Geng ressaltou que muitos países se recusaram a participar da conferência.

Depois que 37 embaixadores estrangeiros na ONU em Genebra, incluindo os do Paquistão e Arábia Saudita, elogiaram o desenvolvimento dos direitos humanos, as ações antiterrorismo e os resultados de desradicalização da China, outros países juntaram-se a eles para apoiar o governo chinês.