Sul-coreano morre após incendiar carro próximo à embaixada japonesa

2019-07-21 15:10:00丨portuguese.xinhuanet.com

Seul, 19 jul (Xinhua) -- Um sul-coreano de quase 70 anos faleceu na sexta-feira após atear fogo em seu próprio carro e sofrer queimaduras, próximo à embaixada japonesa em Seul, segundo reportagens da imprensa local.

O homem de 78 anos, identificado apenas pelo sobrenome Kim, dirigiu sua van para a calçada em frente à entrada do prédio da embaixada japonesa.

Ele incendiou o interior do veículo, onde foram encontrados cerca de 20 latas de gás butano e 40 litros de gasolina, por volta das 3:24 da manhã, horário local.

O incêndio foi apagado cerca de 10 minutos depois, mas o homem com queimaduras por todo o corpo foi levado às pressas para um hospital próximo.

Ele morreu de insuficiência respiratória e queimaduras ao final do dia, apesar dos tratamentos hospitalares.

Segundo citação da polícia, antes do acontecido o falecido contou a um de seus conhecidos por telefone que iria atear fogo "com hostilidade contra o Japão".

A família de Kim disse à polícia que o sogro dele era uma das vítimas sul-coreanas que foram forçadas a trabalhos sem pagamento durante a colonização japonesa da península coreana entre 1910 e 1945.

O incidente ocorreu em meio à crescente linha comercial entre a Coréia do Sul e o Japão, após controle mais rigoroso do Japão no início deste mês em sua exportação para a Coreia do Sul de materiais importantes para a produção de chips de memória e displays, que são a base da indústria de tecnologia sul-coreana.

A restrição às exportações do Japão veio em protesto contra as decisões da corte sul-coreana que ordenou que algumas das empresas japonesas, incluindo a Nippon Steel e a Mitsubishi Heavy Industries, entre outras, compensassem as vítimas sul-coreanas de trabalho forçado.

O sentimento anti-Japão montado entre o público foi visto no movimento de "Boicotar o Japão" para encorajar as pessoas a não visitarem o Japão à turismo, nem comprar produtos japoneses por toda a Coréia do Sul.

De acordo com a pesquisa da Realmeter, 54,6 por cento disseram que participaram da campanha para boicotar produtos japoneses nesta semana, um aumento de 6,6 pontos percentuais em relação à semana anterior.

O resultado foi baseado em uma pesquisa com 503 eleitores realizada na quarta-feira. Tinha mais ou menos 4,4 pontos percentuais na margem de erro com um nível de confiança de 95%.

Aqueles que responderam que planejam ou continuarão a se unir ao movimento de boicote, foram 66% nesta semana, praticamente inalterados em relação à semana anterior.

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