Destaque: Produtos chineses de venda rápida geram bons negócios aos comerciantes quenianos

2019-07-18 13:35:46丨portuguese.xinhuanet.com

Nairóbi, 16 jul (Xinhua) - Em um grupo de barracas no terminal rodoviário em centro de Nairóbi, capital do Quênia, dezenas de fraldas e outros itens para bebês estão empilhados diante das lojas enquanto os comerciantes buscam atrair a atenção dos clientes.

Estes itens são populares entre os varejistas e os consumidores que procuram produtos para bebês a preços acessíveis.

A maioria dos produtos para bebês veem de importações chinesas, e há uma razão pela qual eles dominam, de acordo com as pesquisas.

Os comerciantes observaram que eles estão principalmente estocando produtos chineses porque eles têm uma saída rápida.

"A maioria das pessoas que vem aqui estão pedindo por marcas chinesas, de fraldas a lenços umedecidos. Então, por que eu deveria estocar qualquer outro produto que não gera dinheiro?", Antony Kinyua, um comerciante, disse na segunda-feira.

Kinyua observou que, além do preço, que é acessível, fazendo com que os produtos sejam vendidos mais rápido, as fraldas oferecem aos consumidores mais valor pelo dinheiro.

"No tamanho pequeno das marcas de fraldas chinesas, você encontrará 48 peças, mas nas outras há 36. Eu vendo as chinesas a 600 xelins (6 dólares americanos), enquanto as outras, algumas feitas localmente, custam 6,5 dólares. As pessoas vão para onde eles recebem valor do seu dinheiro", explicou, notando que é o mesmo caso com outros itens de bebê.

Os produtos para bebês estão entre as mercadorias chinesas cuja popularidade aumentou entre os consumidores e comerciantes quenianos.

De pneus de veículos a sapatos, brinquedos, roupas, telefones celulares e eletrônicos, as mercadorias chinesas dominam o setor de varejo do Quênia.

Não é difícil dizer que os itens chineses encontraram um enorme mercado no Quênia quando se caminha pelas ruas da capital Nairóbi.

No centro de Nairóbi, o centro de negócios da cidade, por exemplo, os telefones celulares da Tecno, Oppo ou Huawei são populares.

"Este vale 179 dólares", disse uma atendente de uma loja de telefone na Moi Avenue, após ser perguntada pelo telefone Huawei Y7 Prime.

"Se você quer um telefone que você não vai brigar com a bateria, tem uma boa memória e câmera, pode levar este ou qualquer modelo da marca Tecno ou Oppo", ela acrescentou.

Vendedores de aparelhos chineses e itens de plástico estão entre os outros comerciantes registrando um boom.

Os plásticos que valem apenas 0,05 dólares para itens como copos e pratos e 1 dólar para sapatos infantis são um sucesso entre os consumidores de baixa e média renda.

"Eu reponho meu estoque a cada duas semanas e isso é porque os itens têm mercado pronto, já que são acessíveis", disse Francis Mwanzia, um comerciante em Kitengela, um subúrbio nos arredores de Nairobi, acrescentando que em um bom dia, ele faz até 50 dólares de lucro com suas mercadorias.

Assim como muitos outros comerciantes, ele vende seus produtos em um mercado de pulgas na cidade onde centenas de pessoas passam a cada semana.

Ernest Manuyo, professor de administração de empresas em Nairóbi, observou que uma das coisas que diferenciam os produtos chineses é o preço.

"Os comerciantes chineses parecem ter entendido o mercado sensível ao preço do Quênia e investiram nele. Para os consumidores quenianos, o preço é o principal determinante de suas decisões ao comprar um produto", disse Manuyo.

De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do Quênia, as exportações chinesas para o Quênia ficaram em 3,8 bilhões de dólares em 2018, acima dos 1,6 bilhão de dólares em 2007.

No entanto, em vez de depender de importações, o Quênia está recebendo investidores chineses para instalar fábricas no país para que eles possam fazer as mercadorias localmente.

Peter Munya, secretário de gabinete do Ministério da Indústria, Comércio e Cooperativas do Quênia, disse recentemente que a instalação de fábricas locais impulsionaria o setor manufatureiro e aceleraria a industrialização.

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