Agência reguladora dos EUA encontra novo problema no Boeing 737 Max

São Francisco, 26 jun (Xinhua) -- A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos informou na quarta-feira que um novo problema foi detectado nos aviões Boeing 737 Max, o que pode atrasar a retomada dos serviços após meses de suspensão do seu uso em todo o mundo.

O regulador federal de aviação disse em um comunicado que a Boeing "deve mitigar" um risco potencial descoberto recentemente, acrescentando que a FAA "está seguindo um processo completo, e não um cronograma prescrito, para retornar o Boeing 737 Max ao serviço de passageiros".

"A FAA apenas cancelará a ordem de proibição à aeronave quando considerarmos que é seguro fazer isso", disse a agência, que segue as recomendações do Conselho Consultivo Técnico, um painel independente autorizado para avaliar a possibilidade de restaurar as operações comerciais do 737 Max.

A operação do 737 Max foi suspensa em todo o mundo desde março deste ano, depois que dois de seus modelos caíram em dois desastres fatais na Indonésia e na Etiópia, em outubro de 2018 e março de 2019, respectivamente, com um total de 346 mortos.

Um sistema de controle de voo chamado Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS, em inglês) nos aviões 737 Max foi culpado em parte, porque ele agiu sob comando errôneo de sensores em mal funcionamento, causando o mergulho incontrolável da aeronave.

A Boeing vem trabalhando nos últimos meses para atualizar o software do MCAS, na esperança de restaurar o serviço do 737 Max o mais breve possível.

Sobre o recém-identificado risco, a Boeing reafirmou na quarta-feira sua obediência aos requisitos da FAA para solucionar quaisquer problemas possíveis.

"A Boeing concorda com a decisão e a exigência da FAA, e está trabalhando no software exigido", disse a gigante de aeronaves em um comunicado.