Indústria de etanol nos EUA espera que comércio normal da China impulsione crescimento das exportações

2019-06-25 11:40:57丨portuguese.xinhuanet.com

Des Moines, Estados Unidos, 23 jun (Xinhua) -- A indústria de etanol dos EUA espera ver uma resolução antecipada das atuais tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos para conquistar uma grande fatia do mercado asiático em expansão, funcionários da indústria disseram.

"Adoraríamos desenvolver o mercado (chinês) e ser um fornecedor-chave", disse Nick Bowdish, à Xinhua, presidente e CEO da Elite Octane, LLC, em sua usina de etanol em Atlantic, uma pequena cidade no estado americano de Iowa.

O etanol, um tipo de álcool produzido a partir do milho, é frequentemente misturado à gasolina como biocombustível, como o E10 amplamente usado, uma mistura de 10% de etanol e 90% de gasolina. Ficou provado que é capaz de reduzir grandemente a poluição do ar causada pelas emissões dos veículos.

Como uma empresa privada aberta em 2018, a Elite Octane produz 150 milhões de galões (cerca de 567 milhões de litros) de etanol de cerca de 50 milhões de bushels de milho (127.000 toneladas de milho) a cada ano na fábrica localizada no coração dos EUA, graças a produção abundante de milho, segundo Bowdish.

Os Estados Unidos se destacam como um dos maiores produtores e consumidores de etanol do mundo. Bowdish disse que a China tem sido um "mercado fantástico" para o etanol dos EUA nos últimos anos, à medida que o país intensifica os esforços para promover energias limpas.

Em setembro de 2017, a China anunciou um plano para o uso nacional de E10 até 2020, o que exigiria uma quantidade considerável de importações.

"Sou extremamente favorável à iniciativa da China de optar por uma mistura de 10% de etanol", disse Bowdish, observando que ele estava falando não apenas da perspectiva de um produtor, mas também de um consumidor porque "ele queima de forma mais limpa".

Rodney Williamson, diretor de pesquisa e desenvolvimento do Iowa Corn Promotion Board, compartilhava uma opinião semelhante. Em uma entrevista à Xinhua em seu escritório em Johnston, Iowa, no final de abril, Williamson disse que o ambicioso plano da China vai aumentar significativamente o consumo de etanol no país e criar um mercado para o etanol norte-americano.

A China importou mais de 278 milhões de galões (cerca de 1,05 bilhão de litros) de etanol dos EUA de 2015 para o início de 2018 antes dos EUA iniciarem a fricção comercial com a China, o que levou à suspensão do comércio de etanol, segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA.

O ano passado "não foi o que queremos que as relações comerciais sejam entre os nossos dois países", lamentou Bowdish. "Eu não acho que nenhum de nós está pagando o preço sozinho".

Ele expressou a esperança de que um acordo comercial poderia ser feito entre os dois países o mais rapidamente possível, simplesmente porque "o comércio é uma coisa boa", o que leva a resultados de ganho mútuo.

"Podemos ser um fornecedor-chave (de etanol) para a China, e a China faz muitas coisas maravilhosas na manufatura e em outras indústrias que nossos consumidores podem se beneficiar. Então, precisamos trabalhar juntos", ele acrescentou.

Williamson disse que as exportações de etanol proporcionam um maior mercado para os produtores de milho dos EUA. "Nosso objetivo é tentar abrir portas, abrir mercados, criar oportunidades para os agricultores trocarem suas commodities", disse ele.

"Achamos que há benefício mútuo do comércio com a China e esperamos que haja um acordo (entre a China e os Estados Unidos)", ele acrescentou.

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