Um presente de Macron a Xi, um amigo de longe

2019-03-26 17:12:47丨portuguese.xinhuanet.com

Paris, 26 mar (Xinhua) -- "É um prazer ter amigos que vêm de longe", disse o antigo filósofo chinês Confúcio nas Analectas, uma conhecida recopilação de suas ideias e ditos.

Esta obra clássica da China foi agora entregue, como presente nacional da França, a um amigo que vem de longe. O amigo é o presidente chinês, Xi Jinping, que está realizando uma visita de Estado ao país europeu.

A versão original em francês da "Introdução às Analectas do Confúcio", publicada em 1688, foi apresentada como um presente nacional a Xi pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron, durante a reunião dos dois líderes no domingo na cidade francesa de Nice.

Xi disse que entregaria o precioso presente à Biblioteca Nacional da China.

As primeiras traduções das Analectas do Confúcio inspiraram os pensadores franceses Montesquieu e Voltaire, disse Macron. A única outra cópia do livro existente está no Museu Nacional de Guimet Artes Asiáticas do país.

A crescente popularidade deste clássico na França é um bom exemplo da longa comunicação cultural entre os dois países.

O ex-presidente francês Valery Giscard d'Estaing contou uma vez à Xinhua que tinha lido muitos clássicos chineses e que as Analectas do Confúcio estavam muitas vezes ao lado de sua cama.

Além da cooperação econômica e comercial, os intercâmbios culturais também são uma parte importante dos laços França-China, disse.

Na livraria Phoenix, em Paris, os clientes podem encontrar com facilidade diversos livros chineses.

Florine Marechal, uma funcionária da livraria, disse que as versões em francês de livros como as Analectas são populares entre muitos leitores franceses, incluindo ela mesma.

Marechal estudou chinês durante sete anos devido à sua paixão pela cultura e a literatura do país asiático e inclusive se deu um nome nesse idioma, Fu Yating, que significa elegância e graça.

Gosta de ler livros como as Analectas do Confúcio e obras de outros escritores chineses contemporâneos como Lu Xun e Ba Jin.

Em 2014, ano em que se realizou o 50º aniversário dos laços diplomáticos bilaterais, Xi escreveu, no prefácio de uma exibição de relíquias culturais na França, que o reforço dos intercâmbios culturais entre ambas as nações, representantes das civilizações oriental e ocidental, consolidaria o apoio público ao desenvolvimento das relações bilaterais, melhoraria as duas culturas e criaria civilizações diversificadas globais.

Esse mesmo ano, as Analectas do Confúcio foram votadas como um dos 10 livros chineses mais influentes na França.

Segundo Joel Bellassen, que participou da votação como inspetor geral de chinês no Ministério de Educação francês, a popularidade que adquiriu a aprendizagem desse idioma na França está estreitamente relacionada com os vínculos históricos entre os dois países.

Além das conhecidas Analectas, os emergentes Institutos Confúcio, também são associados com este grande filósofo chinês por franceses ou pessoas da Europa, pois 131 Institutos Confúcio e 251 Salas Confúcio foram estabelecidos na União Europeia. Deles, 16 institutos e duas salas estão na França.

O país foi um dos primeiros a incorporar o ensino de chinês no sistema educativo nacional através de um plano de estudo desenhado por suas autoridades educativas.

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