Chineses comprarão mais produtos de luxo no próprio país, diz relatório
Beijing, 20 mar (Xinhua) -- Até 2025, metade dos gastos que os chineses fazem em produtos de luxo será na própria China, e não no exterior, informou nesta quarta-feira o China Daily, citando um relatório da consultoria mundial Bain & Cia.
Isso se dará graças a uma combinação de fatores, como os millennials, medidas duras contra irregularidades no mercado doméstico e promoções no canal digital na China, explicou o anual Relatório de Luxo na China.
"Os millennials continuarão a ser o principal motor do crescimento deste mercado no futuro, pois a média de idade dos consumidores de luxo é muito menor na China do que em qualquer outro lugar no mundo. E eles valorizam mais novidade do que descontos", disse Bruno Lannes, sócio baseado em Shanghai e autor do relatório.
Os consumidores de 23 a 38 anos têm uma maior disposição a gastar em marcas de luxo. De todos os millennials na China, 70% têm casa própria, disse Lannes, citando uma pesquisa do HSBC. Essa taxa é duas vezes maior do que nos Estados Unidos, dando espaço financeiro suficiente para esse tipo de consumo.
No ano passado, os gastos chineses em bens de luxo saltaram 20%, respondendo por um terço dos 260 bilhões de euros (US$ 295 bilhões) do mercado mundial, disse o relatório. Esse crescente consumo doméstico levará a reduções de taxa alfandegária, controle mais rigoroso contra o mercado ilegal e harmonização de preço dentro e fora da China.
A digitalização --as vendas online e o engajamento digital com os consumidores-- é outro fator que alimenta os gastos de luxo na China. As marcas cada dia dedicam mais dinheiro --de 60% a 70% do orçamento de marketing-- às plataformas de marketing digital, segundo o relatório.
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