China responde a acusação canadense por pena de morte a traficante de drogas

Beijing, 17 jan (Xinhua) -- A China respondeu nesta quarta-feira às acusações de uma oficial canadense pela condenação à pena de morte de um traficante de drogas pelas autoridades chinesas. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, disse que o caso deve ser tratado de acordo com a lei chinesa, visto que ocorreu na China.

Hua fez os comentários sobre as declarações da ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, que qualificou como "desumana e inapropriada" a condenação à morte imposta a Robert Lloyd Schellenberg, cidadão canadense condenado pelo contrabando de mais de 222 quilos de metanfetamina.

"Se a pena de morte for desumana e inapropriada, é humano e apropriado deixar que mais pessoas percam a vida pelas drogas? Até mesmo o povo canadense acredita que contrabandear mais de 222 quilos de metanfetamina é um delito muito grave", apontou a porta-voz.

Ao referir-se às lembranças dolorosas do povo chinês pelo uso de drogas depois da Primeira Guerra do Ópio (1840-1842), Hua enfatizou que "a China não permitirá que nenhum traficante de drogas de nenhum país danifique as vidas dos chineses".

"O caso ocorreu na China e deve ser tratado conforme a lei da China", acrescentou.

Hua exaltou que a sentença do órgão judicial chinês é justa e as declarações correspondentes de oficiais canadenses são obviamente "arbitrárias". Ela expressou a esperança de que "a parte canadense respeite o Estado de Direito e a soberania judicial da China".

Schellenberg foi sentenciado à pena de morte na segunda-feira por tráfico de drogas pelo Tribunal Popular Intermediário de Dalian, na Província de Liaoning. De acordo com as reportagens, ele já havia sido sentenciado por posse e tráfico de drogas em 2003 e em 2012 no Canadá.