Argentina manterá metas de déficit, diz ministro da economia

Buenos Aires, 19 de julho (Xinhua) -- A Argentina manterá sua meta de reduzir o déficit fiscal primário para 2,7% do produto interno bruto (PIB) em 2018, disse o ministro da economia, Nicolás Dujovne, nesta quinta-feira.

"Nossa meta de déficit fiscal é de 2,7% do PIB este ano, 1,3% no próximo ano, e equilibrar o orçamento em 2020. O cumprimento dessas metas é irreversível", disse Dujovne em entrevista coletiva.

No primeiro semestre de 2018, a Argentina registrou um déficit fiscal primário de 0,8% do PIB, uma queda de 0,6% em relação ao ano passado.

"Pelo sexto trimestre consecutivo, a Argentina cumpriu suas metas fiscais, o que nos levará ao equilíbrio fiscal em 2020", disse Dujovne.

O superávit primário da Argentina provavelmente permanecerá até o final do ano, segundo Dujovne, permitindo que o governo cumpra suas metas de fim de ano e as do próximo ano.

"No primeiro semestre deste ano, a receita cresceu a uma taxa maior do que os gastos. A receita aumentou 26% ano a ano, enquanto os gastos primários cresceram 19% ano a ano", disse ele.

Dujovne acrescentou que a inflação alta continua sendo uma preocupação na Argentina, atingindo uma taxa ano-a-ano de 29,5% no final de junho.

No entanto, o governo está confiante de que a taxa de inflação do país irá diminuir no próximo ano, caindo 10 pontos em comparação com este ano.

O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) informou, na quinta-feira, que a inflação acumulada na Argentina atingiu 16% no varejo e mais de 30% no setor atacadista até agora este ano.

A desvalorização do peso em relação ao dólar norte-americano levou a preços mais altos para alguns bens, elevando a inflação, disse o ministro.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, reconheceu, na quarta-feira, que o país está sofrendo de uma "tempestade" econômica, mas previu que sua economia vai se recuperar no próximo ano.