Embaixador chinês diz que China não se renderá à "pressão máxima" no comércio

2018-07-20 16:09:53丨portuguese.xinhuanet.com

Washington, 20 jul (Xinhua) -- O embaixador chinês para os EUA, Cui Tiankai, disse na quarta-feira que a China não se renderá à intimidação comercial e "pressão máxima" pelo governo dos EUA.

Em um artigo publicado no USA Today, Cui disse que a China mostrou "a máxima sinceridade e paciência" para participar de quatro rodadas de conversas econômicas de alto nível com os EUA de fevereiro a junho deste ano.

"Infelizmente, os EUA descumpriram suas próprias palavras. Abandonaram descaradamente o consenso bilateral e insistiram em travar uma guerra comercial com a China, forçando-nos a tomar contramedidas", disse o diplomata.

A China, por outro lado, continuará com sua reforma e abertura, disse, citando algumas medidas recentes.

"As tarifas sobre 1,5 mil tipos de bens de consumo foram rebaixadas consideravelmente. A tarifa para a importação de automóveis foi cortada de 25% para 15%. A lista negativa revisada para investimento estrangeiro, divulgada no fim do mês passado, aliviou em grande medida as restrições sobre o acesso ao mercado para os investidores estrangeiros. Em novembro, a China realizará nossa primeira Exposição de Importação Internacional em Shanghai", disse.

"Qualquer um familiar com a história chinesa sabe que 'a pressão máxima' não funciona para nossa nação", indicou. "A intimidação comercial apenas terá resultado contrário ao desejado. Não haverá nenhum vencedor em uma guerra comercial. Os EUA apenas sairão machucando a si próprios e o mundo."

A política da China vem sendo, há muito tempo, engrenada em direção a diálogo e consulta quando tentar solucionar disputas comerciais, assinalou o diplomata chinês.

"Sem dúvida, há espaço para a China melhorar sua política de comércio e lidar com os assuntos econômicos estruturais. Nós certamente estamos abertos para lidar com as preocupações razoáveis dos EUA", disse. "Mas os dois lados devem conduzir diálogo e cooperação com base em respeito e confiança mútuos."

O artigo de Cui foi publicado em um momento em que as duas maiores economias do mundo estão em uma disputa comercial. Os EUA também provocaram tensões de comércio com outras economias.

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