Resumo: Pesquisa feita pelo governo da Coreia do Sul mostra apoio de 60% da população à retomada na construção de usinas de energia nuclear

2017-10-21 15:26:18丨portuguese.xinhuanet.com

Seul, 20 out (Xinhua) -- Uma pesquisa realizada pelo governo da Coreia do Sul mostrou que quase 60% dos participantes apoiam a retomada na construção de duas usinas nucleares atualmente suspensas, em contraste com os esforços do governo para reduzir a dependência da energia nuclear, revelou uma comissão estatal nesta sexta-feira.

De acordo com a pesquisa, 59,5% dos participantes apoiam a retomada na construção das usinas nucleares Shin-Kori 5 e Shin-Kori 6, e 40,5% se opõe.

A pesquisa tem 3,6 pontos percentuais de margem de erro com um nível de confiança de 95%. A diferença entre os apoiadores e opositores teve uma significância estatística, disse o chefe da comissão estatal em uma coletiva de imprensa televisionada.

Os dois reatores, que estavam em construção desde o ano passado na cidade costeira de Ulsan, no sudeste do país, tiveram sua construção interrompida em julho para examinar se era um momento certo para diminuir a dependência da Coreia do Sul da energia nuclear.

Em sua campanha, o presidente Moon Jae-in se comprometeu a abandonar a construção dos dois reatores inacabados, mas Moon decidiu tomar uma decisão final de acordo com a opinião pública.

A Casa Azul presidencial disse após o anúncio que respeitava a recomendação da comissão e faria os melhores esforços para implementar medidas de acompanhamento com base na recomendação.

A comissão estadual foi criada para formar um júri, composto aleatoriamente por 471 cidadãos comuns escolhidos, fornecendo a eles durante três meses informações sobre os méritos e deméritos da energia nuclear.

Ao longo do último fim de semana, o júri ouviu os argumentos finais de especialistas em ambos os lados e realizaram uma votação final sobre o tema.

Antes da suspensão, cerca de 1,6 trilhão de wons (1,4 bilhões de dólares americanos) foram gastos para completar cerca de 30% da construção.

Campanhas contra as usinas nucleares surgiram após o terremoto de magnitude 5,8 que atingiu cidade do sudeste do país de Gyeongju, localizada perto da região costeira onde fica o reator, em setembro do ano passado.

Foi um dos terremotos mais poderosos já registrados na Coreia do Sul. Novas descobertas da pesquisa mostraram que a região sudeste está localizada sobre uma falha ativa, o que significa uma área propensa a terremotos.

O tremor lembrou muitos sul-coreanos do devastador terremoto de Fukushima no Japão em 2011, que causou um dos piores acidentes nucleares no mundo com uma série de explosões e fusões de reatores.

A região costeira do sudeste da Coreia do Sul já utiliza energia nuclear. A região conta com seis reatores nucleares, com mais dois programados para entrar em operação a partir do próximo ano. O Shin Kori-5 e Shin Kori-6 elevarão o número total para 10 na região.

Os opositores aos reatores adicionais na região dizem que a Coreia do Sul deve reduzir a dependência da energia nuclear e se buscar energias renováveis e limpas para fins de segurança e ambientais.

O pedido está em linha com o plano de longo prazo do governo de Moon de eliminar os reatores nucleares do país nos próximos 60 anos.

Os proponentes reivindicaram que o abandono da construção dos reatores elevaria as contas de eletricidade. Sem a revisão da estrutura de cobrança de eletricidade, os custos de eletricidade mais altos serão focados em pessoas comuns, e não em empresas industriais.

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