(Enfoque da China) China promete desenvolvimento pacífico na Antártida

2017-05-24 11:07:40丨portuguese.xinhuanet.com

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O vice-premiê chinês Zhang Gaoli discursa na cerimônia de inauguração da 40ª Conferência Consultiva do Tratado da Antártida (CCTA) realizada em Beijing, capital da China, em 23 de maio de 2017. (Xinhua/Wang Ye)

Beijing, 24 mai (Xinhua) -- O governo chinês reiterou o seu compromisso ao desenvolvimento e pesquisa pacífica de Antártida quando a 40ª Conferência Consultiva do Tratado da Antártida foi inaugurada em Beijing na terça-feira.

É a primeira vez que a China realiza a conferência, um mecanismo anual de tomada de decisões estabelecido sob o Tratado da Antártida.

O desenvolvimento pacífico, estável, verde e sustentável da Antártida está de acordo com os interesses comuns para humanos e um comprometimento forte para gerações futuras, disse o vice-premiê chinês Zhang Gaoli em um discurso na cerimônia de inauguração.

A China integrou o Tratado da Antártida em 1983 e se tornou um membro consultivo dois anos depois.

Nas últimas três décadas, a China enviou quase 6 mil profissionais à Antártida desde que o país mandou a sua primeira equipe de expedição à Antártida em novembro de 1984.

Os líderes chineses têm enfatizado em várias ocasiões a necessidade de proteger e estudar melhor a Antártida devido à sua localização e ambiente especial.

Para revisar os seus progressos na Antártida, a China publicou na segunda-feira o seu primeiro relatório completo sobre o seu estudo e uso da região nos últimos 30 anos, intitulado "As Atividades Antárticas da China."

Segundo o relatório pela Administração Estatal dos Assuntos Marítimos da China, o país tem até agora estabelecido quatro bases de pesquisa -- a estação da Grande Muralha, a estação de Zhongshan, a estação de Kunlun e a estação de Taishan, além do estabelecimento do Instituto de Pesquisa Polar da China em Shanghai e navegação do navio quebra-gelo Xuelong (Dragão de Neve).

O número de documentos sobre o estudo da Antártida publicados por cientistas chineses e inclusos pelo Índice de Citação de Ciência (SCI, em inglês) aumentou de 19 em 1999 para 157 em 2016, levando a China a ficar entre os primeiros dez países na lista.

A China tem uma história relativamente curta no estudo sobre Antártida, mas o progresso que o país tem alcançado, especialmente nos últimos poucos anos, tem sido significativo, disse Qin Weijia, diretor da Administração Ártica e Antártica da China.

A China também elevou os seus gastos em pesquisa antártica. Nos últimos 15 anos, de 2001 a 2016, a China investiu 310 milhões de yuans (US$ 45 milhões) nos projetos relacionados, 18 vezes do total para o período de 1985 a 2000.

A pesquisa antártica tem permanecido um dos tópicos mais difíceis devido à escassez de dados de pesquisa, disse Qin.

A China ainda não é um líder global na pesquisa antártica, disse Qin, mas como o país cresce na tecnologia e potência nacional geral, a China está disposta a contribuir mais para uma melhor compreensão da Antártida.

A China dá grande atenção para a cooperação e o compartilhamento das informações no estudo da Antártida. O Centro Nacional de Dados Árticos e Antárticos da China tem fornecido dados para mais de 100 projetos internacionais e mais de dez países.

"Nos últimos anos, a China tem cooperado com cada vez mais países em vários aspectos como a decisão de políticas, expedições e estudos científicos", disse o vice-chanceler chinês Liu Zhenmin.

Segundo "As Atividades Antárticas da China," entre 2016 e 2020, a China planeja elevar as suas atividades antárticas ao um nível mais alto, incluindo instalações de novas estações antárticas e aplicação de novos quebra-gelos avançados.

"No futuro, a China está disposta a trabalhar juntos com o resto da comunidade internacional na compreensão, proteção e utilização da Antártida", afirmou o relatório.

Cerca de 400 delegações de 44 países e dez organizações internacionais que já assinaram o Tratado da Antártida participaram da 40ª conferência em Beijing.

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