China e Rússia criarão conjuntamente avião de passageiros de fuselagem larga

Convidados mostram o alvará de funcionamento da Companhia Internacional de Aeronave Comercial China-Rússia (CRAIC, em inglês) com base em Shanghai durante uma cerimônia de inauguração em Shanghai, no leste da China, em 22 de maio de 2018. A China e a Rússia criaram uma joint venture para fabricar aviões de passageiros de fuselagem larga na mais recente tentativa de entrar no lucrativo mercado dominado há tempos pela Boeing e Airbus. (Xinhua/Ding Ting)

Shanghai, 22 mai (Xinhua) -- A China e a Rússia criaram nesta segunda-feira uma joint venture para fabricar avião de passageiros de fuselagem larga, fazendo parte da mais recente tentativa de entrar no lucrativo mercado dominado há tempos pela Boeing e Airbus.

A Companhia Internacional de Aeronave Comercial China-Rússia (CRAIC, em inglês), com sede em Shanghai, concluiu seu registro comercial e obteve sua licença de operação, afirmou seu parceiro chinês, a empresa estatal Companhia de Aeronave Comercial da China (COMAC, em inglês).

O presidente da COMAC, Jin Zhuanglong, disse que a joint venture marca um progresso chave no programa sino-russo para desenvolver jatos de fuselagem larga e tem como objetivo produzir aviões "competitivos" de percurso longo para o mercado mundial de aviação.

A CRAIC será responsável pela pesquisa, fabricação, marketing, venda e serviços dos seus aviões. De acordo com um acordo assinado pela COMAC e seu parceiro russo, a Companhia Unida de Aeronaves (UAC, em inglês), os jatos de 280 assentos com um alcance de 12 mil quilômetros terão prioridade.

O processo de design dos aviões começará em breve, segundo o plano. A linha de montagem geral será localizada em Shanghai.

Uma forte diretoria de oito membros, metade da China e metade da Rússia, será liderada pelo vice-presidente da UAC, Vladislav Masalov.

No início deste mês, o avião de passageiros de fuselagem estreita da COMAC, o C919, cumpriu seu voo de estreia. O C919 é o primeiro grande avião produzido domesticamente pela China, projetado para competir com o A320 atualizado da Airbus e o B737 de nova geração da Boeing.

A COMAC já tem dois aviões do seu modelo regional ARJ21 no mercado.

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