Análise: China impulsiona a globalização econômica dando passos concretos

2017-03-29 10:59:35丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 29 mar (Xinhua) -- Jenny Shipley, membro do conselho do Fórum Boao para a Ásia e ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, deveria se sentir orgulhosa de o seu país ter sido a primeira economia desenvolvida do ocidente a ter assinado um acordo de cooperação com a China sob o escopo da iniciativa Cinturão e Rota nesta segunda-feira.

Dois dias antes, no Fórum Boao para a Ásia, realizado na China, Shipley disse que consenso e ações concretas eram necessárias para apoiar a globalização.

No geral, há muita discussão sobre como a globalização econômica pode ajudar a economia mundial. Neste quesito, a China já tem avançado com uma séria de medidas.

Uma declaração sobre a globalização econômica divulgada pelo fórum pediu que os países asiáticos se comprometam com a abertura dos mercados, crescimento inclusivo e cooperação econômica.

A iniciativa Cinturão e Rota, proposta em 2013 para construir uma rede de infraestrutura e comércio conectando a Ásia com a Europa e África, é parte das medidas iniciadas pela China para apoiar a globalização.

Trata-se da iniciativa globalizante mais importante dos dias atuais, que apoia a integração transfronteiriça em termos de infraestrutura, investimento e comércio internacional. O projeto como um todo vai apoiar o crescimento, desenvolvimento e a prosperidade dos países participantes, de acordo com Jose Vinals, presidente do Standard Chartered Plc.

Internamente, a China tem tornado mais fácil para o investimento externo entrar no país. A Zona de Livre Comércio da Shanghai (ZLC) é um dos exemplos neste sentido.

Desde o seu estabelecimento em 2013, a lista negativa da ZLC, que define os setores livres ou proibidos para o investimento externo, foi cortada de 190 para 122 itens. Além do mais, o registro para as empresas estrangeiras tem sido facilitado significativamente.

Uma reunião de líderes de alto escalão aprovou na semana passada um plano para aprofundar a reforma e abertura da ZLC de Shanghai por meio de mudanças no comércio, investimento, liberalização e institucionalização que possam ser replicadas em todo o país.

A China possui quatro ZLCs e planos detalhados para outras sete deverão ser publicados em breve.

Além do mais, os empresários chineses estão dando grandes passos rumo ao comércio e investimento transfronteiriço.

Na semana passada, o grupo Alibaba anunciou que vai estabelecer um centro de e-commerce na Malásia cobrindo logística, computação em nuvem e serviços financeiros pela internet que vão impulsionar o comércio e o comércio eletrônico na região.

O centro de comércio é parte da colaboração entre o Alibaba e o governo da Malásia sobre Zonas de Livre Comércio Digital no país do sudeste asiático, e está alinhada com a Plataforma de Comércio Mundial Eletrônico (eWTP) promovida pelo presidente do Alibaba Jack Ma.

"Nós devemos tornar a globalização mais inclusiva," disse ele, pedindo por maior participação dos países em desenvolvimento, pequenos empresários e jovens.

O investimento direto não financeiro da China no exterior em 2016 aumentou 44,1% ao ano para US$ 170 bilhões, de acordo com números oficiais.

"O ano de 2016 foi marcado por uma série de eventos que assinalaram uma mudança dramática no atual curso da globalização. Entretanto, nós não vemos isso como o fim, mas sim como o começo de um novo capítulo," disse Xu Sitao, economista chefe da Deloitte na China.

A China deverá atrair US$ 600 bilhões em investimento estrangeiro nos próximos cinco anos, com o seu investimento no exterior alcançando US$ 750 bilhões.

"Nesta nova etapa da globalização, nós acreditamos que a China vai deixar seu papel de ator passivo na divisão internacional do trabalho para remodelar ativamente a cadeira global de valor," acrescentou Xu. Fim

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