Conferência de Paris sobre paz no Oriente Médio reitera necessidade de uma solução de dois Estados
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Marc Ayrault, dirige-se a uma conferência de imprensa após a Conferência de Paz do Médio Oriente em Paris, na capital da França, em 15 de janeiro de 2017. A França realizou neste domingo uma reunião internacional para buscar formas de reativar as negociações de paz no Oriente Médio. Impulsionar a implementação de uma solução de dois Estados para restaurar a segurança na região após décadas de conflito. (Xinhua/Chen Yichen)
Paris, 15 jan (Xinhua) -- Líderes dos principais países ocidentais e árabes reunidos em Paris reafirmaram no domingo que apenas uma solução de dois Estados entre Israel e a Palestina poderia acabar com o conflito no Oriente Médio.
Em uma declaração final, os participantes da Conferência de Paz do Oriente Médio "reafirmaram que uma solução negociada entre os dois Estados, Israel e a Palestina, para viver lado a lado em paz e segurança, é a única maneira de alcançar uma paz duradoura."
Após uma reunião de um dia na capital francesa, representantes de 70 países e organizações acordaram "a importância das partes reafirmarem o seu empenho nesta solução" e tomarem medidas concretas para acabar com a violência e a colonização, a fim de "iniciar negociações diretas significativas."
Eles também disseram que não reconheceriam quaisquer medidas unilaterais tomadas por qualquer das partes que possam prejudicar as negociações sobre questões de status final, incluindo Jerusalém, as fronteiras, a segurança e os refugiados.
Além disso, os participantes prometeram incentivos políticos e econômicos, incluindo "uma parceria europeia privilegiada," visando melhorar a cooperação econômica e aumentar o apoio financeiro numa tentativa de "provocar os esforços necessários para alcançar a solução dos dois Estados e de contribuir garantindo a sustentabilidade de um acordo de paz negociado."
Uma nova reunião sobre a paz no Oriente Médio está planejada para até o final do ano, que analisará o progresso e o empenho diplomático na instalação da solução de dois Estados "para viver lado a lado em paz e segurança," de acordo com o comunicado divulgado pelo Quai d'Orsay.
Nem o líder palestino Mahmoud Abbas nem o Primeiro Ministro israelense Benjamin Netanyahu estão representados na reunião, que os israelenses chamam de uma "conferência fraudada" que visa "adotar posições anti-israelenses."
A última rodada de negociações de paz entre autoridades israelenses e palestinas foi interrompida em abril de 2014, depois que os dois lados não resolveram suas profundas disputas sobre os assentamentos israelenses, as fronteiras dos estados palestinos e a segurança.
