Responsável por prisão brasileira é afastado por corrupção

2017-01-12 10:59:19丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 10 jan (Xinhua) -- O diretor interino da prisão Anísio Jobim, que teve 56 presos mortos e 112 foragidos no dia 1 de janeiro, foi afastado na terça-feira por ter alegadamente recebido suborno de prisioneiros.

O afastamento de José Carvalho da Silva foi confirmado por Sérgio Fontes, secretário de Segurança Pública do estado do Amazonas, que disse que o diretor interino permitiu que armas e drogas entrassem no complexo prisional.

No dia 10 de dezembro um dos prisioneiros que foram mortos no motim escreveu uma carta ao escritório do procurador-geral do estado denunciando a corrupção na prisão.

Segundo a carta, a gangue Família do Norte (FDN), que foi responsabilizada pelo massacre, pagou funcionários para permitir que armas, drogas e telefones celulares entrassem na prisão.

Vários relatórios emitidos antes do tumulto apontaram para o risco iminente de violência na prisão Anísio Jobim, que estava ligado a um plano de fuga de líderes das facções.

Agentes de inteligência descobriram que na semana que antecedeu o Natal, oito armas foram levadas para dentro da prisão por visitantes, que contaram com a ajuda de guardas da prisão.

O Ministério da Justiça do Brasil decidiu no sábado reintegrar imediatamente 20 presos que haviam sido transferidos para uma prisão em Manaus, capital do Amazonas, para sua prisão original em Itacoatiara, no nordeste do estado do Amazonas, por falta de segurança.

A transferência está sendo feita depois que os 20 prisioneiros receberam ameaças de morte em sua nova prisão e se envolveram em mais violência.

Eles foram enviados no ano passado para o complexo prisional Anísio Jobim, em Manaus, onde um tumulto entre duas facções, a Família do Norte e o Primeiro Comando da Capital (PCC), deixou 56 mortos no dia 1 de janeiro. Esta semana viu várias outras chacinas, com a mais mortal sendo na prisão Monte Cristo, no estado de Roraima, onde 33 presos foram assassinados.

Na segunda-feira, outros quatro presos foram mortos na prisão de Puraquequara, em Manaus.

Para restaurar a ordem nas prisões do Norte, comandos de elite foram destacados na terça-feira para ajudar a reforçar a segurança nas prisões de Manaus e Boa Vista, a capital do estado vizinho de Roraima.

A medida faz parte da ajuda que o governo federal prometeu a sete estados do Norte para reforçar o controle em suas prisões: Amazonas, Roraima, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.

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