
Beijing, 27 dez (Xinhua) -- A China se opõe firmemente às ações perigosas do Japão no campo cibernético e insta veementemente o Japão a respeitar sua Constituição pacifista e defender as regras e a ordem internacionais existentes com ações concretas, afirmou na sexta-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
"Se qualquer ato impróprio por parte do Japão comprometer a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China, isso certamente provocará uma resposta solene da China", afirmou o porta-voz Lin Jian em uma coletiva de imprensa diária em resposta à mudança para uma ofensiva cibernética por parte do Japão.
Segundo relatos, o gabinete japonês adotou recentemente uma nova estratégia de segurança cibernética, autorizando a polícia e as Forças de Autodefesa do país a tomarem contramedidas proativas quando sujeitas a ataques cibernéticos. Em maio deste ano, o Japão também aprovou a chamada Lei de Defesa Cibernética Ativa, permitindo explicitamente que o governo japonês se infiltre ou desative preventivamente os dispositivos de rede dos supostos invasores.
Lin apontou que o gabinete japonês autorizou explicitamente "contramedidas cibernéticas proativas", o que constitui uma grande mudança na política do Japão, passando da defesa cibernética para a ofensiva cibernética, e é mais um exemplo de como o Japão, uma nação derrotada na Segunda Guerra Mundial, busca romper a ordem internacional pós-guerra.
"A China expressa sua profunda preocupação com isso", enfatizou Lin.
Ele indicou que, nos últimos anos, o Japão tem expandido drasticamente suas forças cibernéticas. A lei e a estratégia de segurança cibernética recém-introduzidas, que são aparentemente rotuladas como "defesa ativa", essencialmente afrouxam as restrições à ofensiva cibernética proativa. Historicamente, o Japão lançou repetidamente invasões não provocadas contra outros países sob o pretexto de estar sendo atacado, acrescentou o porta-voz.
"O Japão deve esclarecer à comunidade internacional: será que a medida significa que o país pretende mais uma vez se libertar das restrições das leis internacionais e nacionais, estender essa lógica falaciosa ao ciberespaço e realizar 'invasões cibernéticas' preventivas sob o pretexto de defesa?", questionou Lin.
Ele enfatizou que o ciberespaço é interconectado e que os interesses de todos os países estão profundamente interligados, e que a salvaguarda da paz e da estabilidade no ciberespaço é uma responsabilidade comum da comunidade internacional.

