Supremo Tribunal Federal decide manter prisão preventiva do ex-presidente Bolsonaro-Xinhua

Supremo Tribunal Federal decide manter prisão preventiva do ex-presidente Bolsonaro

2025-11-25 14:34:30丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 25 nov (Xinhua) -- A Primeira Câmara do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta segunda-feira, manter a ordem emitida no sábado pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Carmen Lúcia concordaram com o voto do relator.

No sábado passado, Moraes converteu a prisão domiciliar do ex-presidente em prisão preventiva após ele tentar violar sua tornozeleira eletrônica, e, desde então, Bolsonaro permanece detido em uma cela da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Contudo, durante a audiência de custódia realizada no domingo, Bolsonaro alegou que sua tentativa de burlar o dispositivo se deu por um episódio causado por medicação psiquiátrica. Ele também negou qualquer intenção de fuga.

Em seu parecer, Moraes afirmou que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica "dolosamente e conscientemente", ressaltando que a conduta integra uma série de tentativas de desrespeitar ordens judiciais. Moraes destacou ainda que, durante a audiência de custódia, o ex-presidente admitiu ter desativado o dispositivo, caracterizando grave violação da medida cautelar e do sistema judiciário. Para o ministro, esses elementos comprovam o preenchimento dos requisitos para a manutenção da prisão preventiva.

O ministro Dino enfatizou que a possibilidade de uma tentativa de invasão da residência do condenado no sábado não podia ser descartada, o que poderia provocar confrontos com os policiais responsáveis pela segurança do local.

Segundo ele, esse cenário "agrava consideravelmente a ameaça à ordem pública e reafirma a necessidade de adoção dessas medidas". Dino também lembrou que Bolsonaro afirmou repetidamente que "jamais se submeteria à prisão", o que, em sua visão, reflete um desafio deliberado à autoridade judicial.

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