
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, discursa na terceira sessão da 20ª Cúpula do G20 em Joanesburgo, África do Sul, em 23 de novembro de 2025. Li pediu por esforços do G20 para se lutar por uma cooperação global mais ampla, de modo a enfrentar conjuntamente os desafios e promover o desenvolvimento. Li fez essas declarações ao participar da segunda e terceira sessões da 20ª Cúpula do G20, sábado e domingo. (Xinhua/Huang Jingwen)
Joanesburgo, 23 nov (Xinhua) -- O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, pediu por esforços do Grupo dos Vinte (G20) para se lutar por uma cooperação global mais ampla, a fim de enfrentar conjuntamente os desafios e promover o desenvolvimento.
Li fez essas declarações ao participar da segunda e terceira sessões da 20ª Cúpula do G20, programada de sábado a domingo, em Joanesburgo.
À medida que vários desafios, como mudanças climáticas e crises energética e alimentar, estão se sobrepondo, a comunidade internacional precisa se unir para reunir forças e resolver problemas por meio da colaboração, disse Li.
Primeiro, Li exortou todas as partes a fortalecerem a cooperação em ecologia e proteção ambiental e aumentarem a resiliência do desenvolvimento.
Ele instou as economias do G20 a respeitarem o espírito baseado na ciência e defenderem o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, ao lidar com questões relacionadas às mudanças climáticas e à ecologia.
Com respeito à cooperação nessas áreas, todas as partes devem demonstrar responsabilidade e agir prontamente, acrescentou.
A China está disposta a intensificar a cooperação com todas as partes dentro do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal e acelerar a implementação dos resultados da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), afirmou o premiê chinês.
Segundo, Li pediu esforços para fortalecer a cooperação em energia verde e promover uma transição justa.
Ele instou a promoção de cooperação global na indústria verde, a manutenção de cadeias industriais e de suprimentos estáveis e sem obstáculos e a facilitação de fluxo livre e aplicação de tecnologias e produtos relacionados.
A China está pronta para continuar a fazer o máximo para apoiar a transição energética de vários países, de acordo com Li.
Terceiro, ele observou que a cooperação em segurança alimentar deve ser reforçada para garantir o abastecimento estável.
Li exortou a otimização de circulação e suprimento alimentares globais, o fomento de parcerias em commodities importantes, o desenvolvimento de um mercado global de produtos alimentares aberto, estável e sustentável e o fortalecimento da oferta para países que enfrentam escassez de alimentos.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro chinês pediu ao G20 que impulsione a cooperação em ciência e tecnologia agrícola, de modo a aumentar a capacidade de produção alimentar.
Segundo ele, a China está pronto para trabalhar com todas as partes para avançar na implementação da Iniciativa de Cooperação Internacional sobre Segurança Alimentar Global e dar novas contribuições à luta contra a fome e a pobreza.
A nova rodada de revolução científica e tecnológica e transformação industrial está se acelerando, trazendo oportunidades de desenvolvimento sem precedentes para o mundo, mas também pode criar novas desigualdades e lacunas de desenvolvimento, ressaltou Li.
O G20 deve incentivar todas as partes a aderirem à abertura, à cooperação ganha-ganha e às oportunidades compartilhadas, além de se esforçar para aprimorar o bem-estar das pessoas em todo o mundo, acrescentou ele.
O primeiro é promover a aplicação generalizada e a governança eficaz da inteligência artificial (IA), disse Li, apelando ao G20 para promover ativamente a cooperação em pesquisa e desenvolvimento e o compartilhamento de resultados, reduzir a lacuna de inteligência e melhorar as regras de governança.
A China incentiva mais países a se juntarem à Organização Mundial de Cooperação em Inteligência Artificial e ao plano de ação de cooperação internacional em ciência aberta e a promoverem o desenvolvimento saudável e ordenada da IA de maneira benéfica, segura e justa, indicou Li.
O segundo é promover a cooperação mutuamente benéfica e a utilização pacífica de minerais críticos.
A China apoia o Painel sobre Minerais Críticos à Transição Energética do Secretário-geral da ONU a desempenhar um papel construtivo e apela a uma implementação plena do Quadro de Minerais Críticos do G20, observou Li, pedindo esforços para promover uma distribuição mais equilibrada dos benefícios nas cadeias de produção e abastecimento, de modo a salvaguardar melhor os interesses dos países em desenvolvimento.
Enquanto isso, Li instou uma abordagem prudente em relação a possíveis aplicações militares e outras, a fim de evitar riscos à segurança. A China incentiva a participação ativa de todas as partes da Iniciativa de Cooperação Econômica e Comercial Internacional sobre Mineração e Minerais Verdes, acrescentou.
O terceiro é intensificar o empoderamento do desenvolvimento e o apoio aos meios de subsistência do Sul Global, apontou Li.
Ele pediu esforços para apoiar a assistência ao desenvolvimento das capacidades na África e em outros países em desenvolvimento, criar mais oportunidades de emprego e promover o desenvolvimento das mulheres e dos jovens.
De acordo com o premiê, a China está pronta para trabalhar com todas as partes para implementar a Meta de Nelson Mandela Bay do G20, permitindo que mais jovens se beneficiem da globalização econômica.
A cúpula adotou a Cúpula do G20 na África do Sul: Declaração dos Líderes.
Durante a cúpula, Li manteve conversas amigáveis com o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente da República da Coreia, Lee Jae-myung, o presidente de Angola, João Lourenço, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, e outros.

